Os organizadores da Olimpíada de Tóquio anunciaram a pré-seleção de modalidades candidatas a integrar o programa dos Jogos de 2020. Beisebol, softbol, boliche, caratê, patinação, escalada, squash, surfe e wushu irão disputar um lugar no evento que será disputado daqui cinco anos na capital japonesa.
As federações internacionais dessas modalidades foram selecionadas entre as 26 que apresentaram solicitação ao Comitê Organizador de Tóquio-2020. Agora, a entidade irá escolher um número ainda mais reduzido para serem apresentadas ao COI (Comitê Olímpico Internacional) como candidatas finais.
Os japoneses abriram em 11 de maio o processo de seleção para novos esportes. No dia 30 de setembro, o comitê irá divulgar as finalistas. Entre as oito modalidades que ainda estão na disputa, o COI deve eleger uma ou duas para que participem dos Jogos de Tóquio.
Para ser escolhido, o esporte tem que apresentar potencial para “promover o movimento olímpico e seus valores” em especial entre os jovens, assim como tem que comprovar sua capacidade de “atrair novas audiências no Japão e no resto do mundo”.
Entre os pré-selecionados estão figurinhas carimbadas com pretensões olímpicas há algum tempo, como beisebol e softbol, que constou do programa olímpico até Pequim-2008, caratê e squash.
Outro forte candidato é a patinação artística sobre rodas. A Federação Internacional de Patinação (FIRS, na sigla em inglês) também reúne as modalidades de hóquei sobre patins, patinação de velocidade in line e hóquei sobre patins in line.
Os outros candidatos estão sob as hostes de Federação Internacional de Boliche, de Escalada Esportiva, de Surfe e de Wushu, esporte de origem chinesa e que foi candidato a participar como exibição nos Jogos de Pequim-2008.
O wushu é o nome que se dá em mandarim ao kung fu, desenvolvido por monges budistas do templo de Shaolin, na província central chinesa de Henan, há 1.500 anos.
Entre os esportes interessados em integrar os Jogos de Tóquio-2020 ficaram fora algumas modalidades que já participaram do evento, como o polo, e outras que fazem lobby olímpico há tempo como xadrez, bridge e sinuca.
O painel encarregado de escolher as finalistas é composto por dirigentes, empresários e políticos japoneses. No início de agosto, este grupo fará audiências com os responsáveis por cada federação selecionada para questionar-lhes sobre como seriam as provas olímpicas. No final de setembro, essa comissão é quem irá escolher as finalistas que serão submetidas ao crivo do COI.
A decisão final será ratificada na 129ª Assembleia Geral do COI, que será realizada em agosto de 2016, no Rio de Janeiro, às vésperas do início da Olimpíada do Brasil.