Tradição familiar ajuda, e Brasil leva 1º ouro na vela feminina

Uma tradição familiar que começou há 32 anos e esteve presente no pódio de seis Olimpíadas. Esse é o tamanho da família Grael, que nesta quinta-feira (dia 18), consagrou mais uma integrante do clã como campeã olímpica. Martine Grael, velejando com Kahena Kunze, conquistou o ouro na classe 49er Fx ao triunfar na regata da medalha, que fechou a competição de vela.

Aos 25 anos, Martine conquistou o título olímpico que o pai, Torben, só obteve aos 36, na classe star, nos Jogos de Atlanta 1996. “A emoção de ver um filho ganhar uma medalha de ouro é maior do que qualquer conquista que já tive. Ela já é melhor do que eu, pois eu não tinha uma medalha de ouro na idade dela”, exagerou Torben, dono de 2 ouros, 1 prata e 2 bronzes em Olimpíadas.

A disputa na 49er Fx foi tão equilibrada que as próprias brasileiras se perderam nas contas para conquistar o título. “A gente só percebeu [que tinha levado o ouro] quando cruzou a linha de chegada”, disse Martine, recebida com muita festa pela torcida na Marina da Glória.

Com a conquista de Martine e Kahena, a vela brasileira passa a ser o esporte que mais rendeu medalhas de ouro ao Brasil: sete. Além disso, é a segunda modalidade no total de pódios, com 18. Dessas medalhas, 8 tiveram a participação de algum membro do clã Grael na embarcação (3 ouros, 1 prata e 4 bronzes).

Não à toa, Martine agradeceu à participação do pai e treinador em sua conquista. “Na vela a experiência conta muito e ele [Torben] tem muito para compartilhar. Ele não é de falar muito. A gente tem de ir buscando essas informações. Eu busquei muito com ele e também com outros atletas da vela e de outras modalidades”, contou a mais nova campeã olímpica da família Grael.

 
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