Tribunal anula decisão da Uefa, e Milan jogará Liga Europa

O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) decidiu revogar a decisão da Uefa de proibir o Milan de participar das competições organizadas pela entidade nas próximas duas temporadas. O tribunal entendeu que a punição foi “desproporcional”. Dessa forma, o clube italiano poderá disputar a Liga Europa 2018/2019, para a qual conseguiu classificação com a sexta colocação conquistada na última temporada da Serie A.

Em sua explicação, o TAS afirma que a Uefa “não considerou adequadamente alguns fatores relevantes” na hora de falar em violação ao fair play financeiro, motivo dado para a exclusão do Milan. Segundo o tribunal, a entidade não levou em consideração a mudança de propriedade que houve no clube italiano e o compromisso do novo sócio de contribuir com 50 milhões de euros de capital.

Foto: Reprodução / Twitter (@acmilan)

Vale lembrar que o dono anterior do Milan, o chinês Li Yonghong, declarou falência em fevereiro. Ele não conseguiu pagar um empréstimo de 32 milhões de euros e chegou a ser chamado de “charlatão” pela imprensa americana. Desde então, um verdadeiro imbróglio foi instaurado. Nas últimas semanas, no entanto, o fundo americano Elliott assumiu o comando do clube e destituiu o chinês do cargo.

A Uefa sustentava como motivo para a punição o fato de o Milan ter gastado 230 milhões de euros na compra de jogadores na janela de transferências realizada no último verão europeu. As regras do fair play financeiro da Uefa proíbem os clubes de gastarem mais do que ganham. O faturamento do Milan não foi divulgado.

O que o Tribunal Arbitral do Esporte pede à Uefa é que seja aplicada uma sanção ao clube italiano que seja proporcional à atual situação financeira dos rossoneros e levando em consideração “as contribuições recebidas e a maior solvência financeira da Elliott”.

Com a garantia da permanência na Liga Europa, o Milan comemorou. Além de ter a chance de brigar pelo título de um torneio continental, o clube ainda garantirá uma maior visibilidade e uma quantia maior de dinheiro entrando por conta de direitos de mídia e patrocínios.

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