Twitter fecha e dá visibilidade ao Brasileirão Feminino

Enquanto o futebol feminino ganha espaço entre mídia e patrocinadores graças à presença da Copa do Mundo da categoria neste ano, o principal torneio nacional da modalidade ainda sofre. No último fim de semana, no entanto, o Brasileirão Feminino teve uma novidade que deu alívio à categoria.

Na sexta-feira (15), um dia antes do início da competição, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou uma parceria com o Twitter para a transmissão do torneio, com jogos da primeira fase e da fase eliminatória.

No sábado (16), houve a estreia do novo parceiro. Com a partida entre Ponte Preta e Corinthians, a rede social fez sua primeira transmissão do Brasileirão Feminino. E, com exibição gratuita, os números foram altos, a considerar o pouco apelo da modalidade e a baixíssima promoção do evento: foram mais de 167 mil visualizações.

Fora de casa, o Corinthians bateu a Ponte Preta por 4 a 1 (Foto: Thaina Barros / Meu Timão)

“O Twitter é uma plataforma que sempre está ao lado do esporte e do futebol. Vê-la apostando no feminino, e tendo em vista a visibilidade que a plataforma pode dar, nos enche de esperança para o futuro da categoria”, comentou o diretor de competições da CBF, Manoel Flores, em nota.

Desde o ano passado, nenhuma televisão tem transmitido o Campeonato Brasileiro, o que se tornou um problema para a busca de patrocinadores para o torneio e para os times envolvidos. Em 2018, apenas a decisão da competição contou com a possibilidade, mas também pelo streaming, no canal oficial da CBF.

E foi justamente no ano passado que a competição perdeu o principal patrocinador. A Caixa, que arcava com R$ 10 milhões anuais até 2017, foi a principal responsável pela expansão do torneio. Sem o aporte da estatal, cada vez mais distante do esporte, a CBF passou a arcar com os custos dos times.

Ainda assim, a confederação resolveu ampliar o torneio de futebol feminino este ano. A Série B dobrou de tamanho e agora contará com 36 equipes. A medida acontece graças à obrigatoriedade de times masculinos da Série A terem uma equipe de mulheres. Os clubes que abraçaram a modalidade apenas nesta temporada entrarão na segunda divisão do torneio nacional.

LEIA MAIS: Análise: Feminino não vai mudar à força

Com a maior presença de times de massa, a CBF espera atrair mais torcedores para os torneios femininos, como aconteceu na transmissão da partida do Corinthians no Twitter. Com mais apelo, a entidade negocia com mais força para retornar à televisão e voltar a ter um parceiro comercial focado na modalidade, como a Caixa.

Sair da versão mobile