O presidente da Uefa, Michel Platini, está pensando em liberar a entrada de mulheres e crianças nas partidas em que os clubes são condenados a jogar sem torcida por causa de ofensas racistas.
As punições têm sido cada vez mais comuns nas principais competições europeias. Na terça-feira passada, o CSKA Moscou enfrentou o Manchester City com os portões fechados. Foi a primeira das três partidas a que foi condenado por causa de incidentes racistas.
Após o jogo, o zagueiro Vincent Kompany, do time inglês, reclamou do fato de a torcida do Manchester City também ter sido impedida de acompanhar a partida. Já o técnico Manuel Pellegrini criticou a presença de torcedores do CSKA nas poucas centenas de assentos ocupados por um patrocinador da equipe.
A Uefa justificou a liberação dizendo que é necessário permitir que os parceiros comerciais de cada agremiação tenham acesso aos lugares, independentemente de punições. Segundo Platini, porém, as penas estão sob constante revisão.
“O presidente está sempre procurando maneiras de melhorar as regras e regulamentos. Ontem, discutimos a possibilidade de dar acesso a mulheres e crianças em vez de fechar o estádio por completo”, contou Pedro Pinto, chefe de imprensa da Uefa.
A entidade europeia poderia seguir o exemplo da Turquia, que adotou a regra em 2011. No país, as punições por ofensas raciais não impedem o acesso de mulheres e crianças menores de 12 anos nos jogos.
“[A iniciativa] teve um efeito muito positivo sobre o futebol. É uma ideia para possíveis sanções, a fim de evitar estádios vazios”, afirmou Pinto.