O UFC terá novos ares. Nesta segunda-feira, a liga de MMA confirmou os rumores que surgiram no fim de semana, após as lutas da noite de sábado. O CEO da entidade, Dana White, anunciou a venda da organização para o grupo WME-IMG, pela quantia de US$ 4 bilhões, cerca de R$ 13 bilhões.
Dana White, por sinal, será mantido no comando. O executivo ficará com 1% do UFC. “Nosso objetivo sempre foi apresentar as maiores e melhores lutas aos nossos fãs e tornar esse esporte o maior do mundo. Estou ansioso para trabalhar com a WME-IMG e levá-lo ao próximo nível”, afirmou o executivo em nota.
A venda consagrou o investimento dos irmãos Lorenzo e Frank Fertitta. Em 2001, os dois compraram o UFC por apenas US$ 2 milhões. A liga foi criada em 1993 pelo brasileiro Rorion Gracie, que repassou pelo valor baixo porque o evento não estava financeiramente sustentável. Com Dana White, o MMA ultrapassou a barreira dos Estados Unidos e se tornou um fenômeno global. O preço de mercado, logicamente, se multiplicou ao longo da década.
Agora, o desafio da agência WME-IMG é fazer com que o UFC continue crescendo para que o investimento tenha retorno. Há dois anos, a liga foi avaliada em US$ 2 bilhões, metade do valor gasto pelos novos donos.
Se o UFC cresceu nas mãos dos Fertitta, especializados em cassinos, a expectativa é que a experiência da WME-IMG pese no negócio. A empresa gerencia centenas de eventos e celebridades, com joint-ventures em diversos países. No Brasil, por exemplo, ela chegou em 2011 em uma parceria com Eike Batista. Hoje, atende por IMM.
A atuação da WME-IMG vai além do esporte, com representação de eventos como o Miss Universo e o gerenciamento de astros do cinema. Mas, no esporte, há propriedades de peso, incluindo nomes do próprio UFC, como o de Ronda Rousey. Recentemente, a agência fez parceria com a NFL para cuidar da imagem de ex-atletas do futebol americano.