A quarta edição do Ultimate Fighting Championship (UFC) no Brasil está novamente muito próxima do estádio Morumbi. Apesar de ainda não haver nenhum contrato assinado, tampouco detalhes sobre a engenharia financeira a ser adotada para levar o torneio de artes marciais mistas (MMA, na sigla em inglês) para a arena, dirigentes são-paulinos têm dito nos bastidores que um acerto está encaminhado.
Oficialmente, a versão dada é de que não há nenhuma negociação vigente com os organizadores do UFC. À Máquina do Esporte, Roberto Natel, vice-presidente social e principal responsável no clube paulista pela locação do estádio para eventos, garantiu que não tem nenhum contato com os donos da competição de lutas desde dezembro passado, quando as últimas negociações malograram.
“Só tivemos contato em dezembro com o pessoal do UFC, por meio da IMX [joint-venture entre os grupos EBX e IMG], e nessa época conversamos para que o Morumbi fosse palco do UFC, mas nesse meio tempo apareceu o Pacaembu”, afirma o dirigente tricolor. O São Paulo tem um interesse muito grande, assim como a cidade, mas não vamos procurar ninguém, e até hoje ninguém veio conversar conosco”.
A outros cartolas são-paulinos, todavia, o próprio Natel contou nos últimos dias que a sede da nova edição do campeonato deverá ser mesmo o Morumbi, segundo apurou a reportagem. Isso, é claro, caso não houverem novas divergências entre executivos do torneio e representantes do clube, que nas negociações do ano passado demonstraram indisposição em acatar as exigências feitas pelo UFC.
A principal questão que favorece o São Paulo para receber o campeonato, na verdade, é a escassez de outras opções. O Pacaembu era uma das alternativas, mas o barulho que seria causado fez com que a Justiça barrasse a ideia, a pedido de moradores do entorno. O Rio de Janeiro, com a chegada em junho do Rio+20, conferência da Organização das Nações Unidas, também está indisponível.
Na cidade de São Paulo, como o UFC pretende montar a quarta edição do evento em um estádio de futebol, ainda sobrariam as arenas de Palmeiras e Portuguesa. Mas a primeira está sob reconstrução, e a segunda não cumpre determinadas necessidades, como liberação por parte do Corpo de Bombeiro para que um evento desse porte seja realizado. O Morumbi, então, é a primeira e também última opção.