A Under Armour, fabricante de material esportivo que começa a incomodar Nike e Adidas, anunciou um aumento no lucro de 22% nos nove primeiros meses do ano, atingindo € 95 milhões (R$ 295 milhões).
O crescimento se deve, em parte, ao aumento da operação da companhia no exterior. Houve um incremento de até 99% nas vendas fora dos Estados Unidos, chegando a quase € 159 milhões (R$ 494 milhões), embora essa parcela ainda seja pequena em relação à operação nacional. Em seu país sede, a companhia atingiu faturamento de € 1,571 bilhão (R$ 4,88 bilhões). Somando as vendas em todo o mundo, o faturamento atingiu € 1,73 bilhão (R$ 5,37 bilhões).
O setor de calçados foi o que teve maior aumento de vendas, com 41% de crescimento (€ 273 milhões). Já o de vestuário atingiu € 1,251 bilhão. O comércio de acessórios chegou a € 155 milhões.
Se mantiver esse índice de 22%, porém, será o menor obtido pela multinacional de Baltimore desde 2009, quando teve crescimento de 18%. Desde então, a companhia tem crescido uma média anual próxima dos 29%.
Para atingir essas metas, a empresa vê o setor feminino como estratégico. Kevin Plank, CEO da multinacional, afirmou estar particularmente animado com a nova campanha protagonizada pela bailarina norte-americana Misty Copeland e pela modelo brasileira Gisele Bündchen.
“Essa campanha acendeu um novo e poderoso diálogo com nosso consumidor feminino, preenchendo a lacuna entre as mulheres atletas e as atléticas”, afirmou o executivo, em entrevista para a Fortune.
Plank acredita que as vendas para as mulheres possam até superar o setor masculino.
A iniciativa da Under Armour é acompanhada pela estratégia da Nike de também focar neste público. A multinacional tem como meta aumentar as vendas para US$ 7 bilhões entre as mulheres até 2017. Atualmente, a empresa fatura US$ 5 bilhões nesse setor, enquanto a Under Armour atingiu os US$ 500 milhões, embora cresça mais rápido do que a concorrente.
Nike e Under Armour, porém, enfrentam forte concorrência da canadense Lululemon. Todas lutam por um mercado que atingiu os US$ 15 bilhões e vem crescendo mais rápido do que o de roupas esportivas em geral.