Under Armour tem meta audaciosa na Europa, mas pode fechar setor de tênis

Foto: Reprodução

A Under Armour pode fechar suas divisões de tênis e pesca, consideradas menores e com menos potencial, pensando em uma reestruturação por conta da desaceleração nas vendas em 2017. As informações são do The Wall Street Journal.

De acordo com a publicação, neste ano a fabricante norte-americana de artigos esportivos quebrou uma sequência de seis anos seguidos de crescimento a uma taxa de cerca de 20%. O valor da marca teria caído por volta de 40%, o que abalou a confiança dos investidores.

O The Wall Street Journal deixa no ar a possibilidade de a estratégia de fechar divisões menores fazer parte da reestruturação anunciada pela empresa há alguns meses. O objetivo seria reduzir as despesas em mais de 100 milhões de dólares.

Se a informação se concretizar, não se sabe o que pode acontecer, por exemplo, com o patrocínio da marca ao tenista Andy Murray. O britânico terminou o ano passado como número 1 do mundo e ainda passou boa parte de 2017 na liderança. Atualmente, Murray está machucado e teve o topo do ranking tomado pelo espanhol Rafael Nadal.

Por outro lado, a marca norte-americana quer crescer na Europa, e os objetivos são audaciosos. A ideia é alcançar um lucro de 1 bilhão de dólares fora dos Estados Unidos em 2020 e se tornar a terceira marca esportiva do mundo, atrás apenas de Nike e Adidas.

Para isso, a Under Armour vai tentar a expansão na Europa em algumas frentes. No início do mês, a empresa revelou a inauguração da sua primeira flagship no Velho Continente. A cidade escolhida foi Amsterdã, capital da Holanda, onde a empresa estabeleceu sua sede europeia em 2016.

O objetivo principal no continente, no entanto, está em outras três capitais: Londres (Inglaterra), Paris (França) e Berlim (Alemanha). Há ainda a possibilidade de estender a uma quarta capital, que seria Madrid, na Espanha. Os pilares do desenvolvimento na Europa  seriam o foco em grandes distribuidores, o desenvolvimento de equipamentos e estruturas sólidas, e um maior conhecimento da marca.

Este terceiro item esbarra no possível fechamento do setor de tênis já citado acima, já que o principal nome da marca na Europa é Andy Murray. Além do tenista, a Under Armour tem apenas o judoca francês Teddy Riner como nome forte no esporte europeu.

Em resumo, números que eram divulgados como sendo de crescimento parecem não ser bem isso. A informação atual é de que o primeiro semestre fechou com perdas de cerca de 15 milhões de dólares por conta da desaceleração nas vendas. É esperado que a empresa norte-americana divulgue os resultados do último trimestre na semana que vem.

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