Unilever deixa patrocínio a time de vôlei após 20 anos

Um dos mais longevos patrocínios do esporte brasileiro foi oficialmente encerrado. A Unilever anunciou na terça-feira que deixará de patrocinar o time de vôlei do Rio de Janeiro, após uma parceira que se perpetuou pelas últimas duas décadas.

Em nota, o vice-presidente de vendas da Unilever exaltou o esporte e os programas sociais associados ao patrocínio no vôlei. “Seguimos acreditando no esporte, no impacto positivo que ele traz à sociedade, e compartilhamos dos mesmos valores. É muito gratificante constatar que construímos, juntos, o time mais vencedor da história do vôlei brasileiro e transformamos a vida de mais de 100 mil crianças e adolescentes”, comentou.

Bernardinho também comentou o fim da parceria em mensagem enviada à imprensa. Foi com o treinador que a Unilever entrou na modalidade e, com ele, fez surgir a equipe mais vencedora da atualidade. Foram 11 títulos nacionais nas duas décadas de história da equipe, além de quatro conquistas sul-americanas.

“Falar da Unilever é uma coisa que me emociona, pois, particularmente, eu fiz amigos, cresci como homem, vivendo, conhecendo, me inspirando com as pessoas que eu encontrei dentro dessa empresa. Me senti realmente parte de um time. Muito mais que um time de voleibol, de um projeto social. Minha sensação é de agradecimento absoluto”, afirmou o treinador.

Na oficialização da retirada do vôlei, a Unilever ressaltou a continuidade do projeto, mesmo sem a presença financeira da companhia. Para a empresa, a continuidade da equipe é marca da sustentabilidade valorizada pelo grupo.

Quem assume a equipe, agora de forma integral, é o Sesc do Rio de Janeiro. Ficam nas mãos da entidade o time profissional e os programas sociais, unidos ao Programa Sesc Esportes.

A parceria com a Unilever já existia desde o ano passado, o que fez com que a transferência e a posterior retirada da Unilever na modalidade fosse gradual. Com ex-jogador Giovane Gávio no comando, o Sesc RJ já havia organizado uma equipe masculina. Agora, a associação terá um time feminino.

Com a transferência do time, a Unilever evita o desgaste vivido por outras marcas na mesma situação. Foi o caso, por exemplo, da Finasa em Osasco, que saiu do time após os mesmos 20 anos e deixou a equipe à beira da extinção. O projeto foi “salvo” meses depois, com a entrada da Nestlé na modalidade.

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