Universidade Brasil detalha plano para Pacaembu

A cúpula da Universidade Brasil vive um clima de apreensão. Na última quinta-feira (6), o Tribunal de Contas do Município de São Paulo determinou um novo edital para a concessão do Pacaembu. A instituição de ensino, que entregou uma das propostas no processo de licitação, tem no estádio o seu principal projeto no esporte para os próximos anos.

Em conversa com a Máquina do Esporte um dia antes da decisão do Tribunal de Contas, o reitor da universidade, Fernando Costa, detalhou todo o projeto: será construída uma “universidade do esporte” dentro do complexo do Pacaembu.

“O Pacaembu é fundamental para que possamos desenvolver esse projeto, a Universidade do Esporte. Não só com o futebol, mas também com o basquete, o vôlei, a natação. Ali vai ser o centro de irradiação de termos acadêmicos para todo o Brasil. Do Pacaembu sairá todo o conteúdo”, contou Fernando Costa.

Foto: Reprodução

A proposta havia sido entregue junto com outros três concorrentes pela concessão do estádio. Pela reforma, a Universidade Brasil investiria R$ 310 milhões, em projeto que inclui até a cobertura da arena para a realização de eventos diversos.

A composição da proposta ainda tem a presença de uma construtora, com 15% do projeto, e o Santos, com, no mínimo, 5%. Caso queira investir mais, o clube poderia ter uma participação maior no local, onde passaria a mandar seus jogos.

“Já temos estruturado todo o plano de negócios. Já acertamos o financiamento. Com 35 anos, o projeto se paga com tranquilidade”, garantiu Costa.

Segundo o reitor, já há uma série de parcerias para tocar cada modalidade dentro do projeto. Para o futebol, há acordo com a Federação Paulista. Para o basquete, o técnico e professor da FMU, Cláudio Mortari, ficaria como responsável, assim como José Roberto Guimarães no vôlei. No tênis, o nome não pôde ser revelado ainda, enquanto que na natação ainda não foi definido um profissional.

A ideia do projeto é servir como base de apoio a diversos segmentos do esporte, como a formação de atletas, organização de eventos, profissionalização de árbitros e estruturação de projetos esportivos. O Pacaembu seria o centro da universidade, com palestras e fóruns que serviriam aos cursos a distância.

“É uma forma para que todos os esportes olímpicos tenham um conteúdo acadêmico, uma metodologia com início, meio e fim. Não é só ‘vamos ver se dá certo’. Não é assim. Isso não existe mais”, sentenciou Fernando Costa.

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