Universo dos games inicia profissionalização no Brasil

Jogadores do INTZ posam para foto oficial do clube

O universo dos games, visto até outro dia como brincadeira, experimenta alto grau de profissionalização no país. Há equipes profissionais, centro de treinamento e até pré-temporada no exterior para algumas das principais equipes que disputam o Campeonato Brasileiro dos jogos mais populares.

“Nosso Neymar vai à rua e o pessoal para ele, abraça. O público torce para as equipes com o mesmo fanatismo do futebol”, conta Lucas Almeida, diretor do Intrépido, conhecido pela sigla INTZ, um dos principais clubes do Brasil.

De acordo com ele, um jogador profissional chega a ganhar entre R$ 3.000 e R$ 15.000. As obrigações de preparação, porém, são estafantes.

 

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O INTZ possui um alojamento onde seus principais jogadores moram. Pela manhã, o grupo faz preparação física na academia. Após o almoço, há dois períodos de treinamento: das 13h às 16h e das 17h às 20h. Após as duas sessões, há o treinamento de habilidade das 20h às 22h. A comissão técnica inclui treinador, analista de scouting, fisioterapeuta, nutricionista e psicólogo.

“Essa é a rotina de segunda a sexta. Nos finais de semana, muitas vezes, temos os campeonatos”, conta Almeida.

Um dos principais acontece neste sábado (dia 2 de abril). É a final do Campeonato Brasileiro de League of Legends, que chega à sua quarta etapa. Neste ano, o INTZ foi às três finais anteriores, vencendo duas.

Para melhorar o rendimento do time, o clube faz pré-temporada no exterior. No ano passado, o grupo passou por período de treinamento nos Estados Unidos. Neste ano, o time treinou em Berlim, contra equipes europeias. “É a melhor maneira de aprimorar nossa técnica”, conta o dirigente.

Para financiar os gastos, o clube possui fontes de receita similares às dos clubes de futebol. O INTZ, por exemplo, conta com sete patrocinadores e licenciamento de produtos, como camisa, caneca e almofada. Também fatura com a venda de passe de jogadores, que podem ser transferidos inclusive para o exterior.

“Um jogador atua até os 30 anos. Dois pontos são impactantes para o final da carreira: tendinite, por causa dos movimentos repetitivos e a perda de reflexos”, conta Almeida. 

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