Vale inclui amistoso em Omã nos planos

Principal mineradora brasileira, a Vale não costuma investir em patrocínios no futebol. Contudo, a empresa será uma das artífices do jogo da seleção nacional nesta terça-feira, contra Omã, na casa do rival. O confronto, último amistoso do time dirigido por Dunga neste ano, terá apoio financeiro da companhia. Os valores não foram divulgados, mas a federação local apresenta a Vale como principal patrocinadora do jogo. Segundo o jornal ?Folha de S.Paulo?, só a cota da seleção brasileira para disputar o amistoso é de US$ 2 milhões (R$ 3,4 milhões). ?Estamos orgulhosos da nossa parceria com Omã para fazer esse evento”, disse Sérgio Leite, diretor da Vale, em entrevista à imprensa local que foi reproduzida pelo periódico paulistano. O investimento no amistoso faz parte de um projeto maior da Vale. A empresa brasileira já investiu mais de US$ 1 bilhão (R$ 1,7 milhão) em Omã, país que tenta diminuir sua dependência da exportação de gás e petróleo. Recentemente, o aporte da Vale fora do Brasil foi motivo de críticas do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à mineradora. O mandatário condenou um negócio da companhia, que comprou 12 navios na China para o transporte de minério. ?Você vai comprar um pouco mais barato, mas gerar empregos na China?, disse ele em evento no estaleiro Atl”ntico Sul, no Recife. Por trás da crítica de Lula está uma crise no relacionamento com Roger Agnelli, presidente da Vale. O presidente tem feito sucessivas críticas públicas à gestão da companhia, e o investimento fora do país é um dos principais alvos. Em Omã, entretanto, o investimento da Vale não está totalmente alocado no país. A despeito de não ser patrocinadora oficial da CBF, a mineradora tem sua marca exposta no ônibus que transporta a seleção brasileira na região.

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