A decisão do Banco Central da Suíça de fazer uma forte valorização da moeda local em relação ao euro atingiu diretamente os ganhos do tenista Roger Federer. O câmbio, que era de 1,45 franco suíço para cada euro, se tornou quase paritário (0,99 franco suíço para € 1).
Federer foi o sétimo esportista mais bem pago na última temporada, segundo levantamento da revista Forbes. O suíço amealhou US$ 56,2 milhões, sendo US$ 52 milhões de patrocinadores e US$ 4,2 milhões em premiações. Como a maior parte dos contratos publicitários e prêmios são recebidos em outros países, normalmente em dólar ou euro, o suíço perderá dinheiro quando fizer a conversão para seu país natal.
Entre os contratos publicitários de Federer estão algumas das principais companhias suíças, como a Lindt (chocolates) e Rolex (relógios). “Será que eu vou ter que ganhar o torneio agora?”, brincou Federer com os repórteres, referindo-se à tentativa de repor as perdas com a valorização da moeda suíça.
Mas não conseguiu. Federer foi eliminado nesta sexta-feira do primeiro Grand Slam do ano. O suíço perdeu para Andreas Seppi, 46º do mundo, por 3 sets a 1 (6/4, 7/6, 4/6 e 7/6). O italiano seguiu para as oitavas de final do torneio.
Federer se mostrou preocupado com as consequências da decisão para a economia da Suíça. “Da forma como foi feita, trouxe alguns pontos de interrogação, porque foi de repente. Para a exportação e o turismo não é o ideal. Vamos ver como vamos nos ajustar agora”, afirmou o tenista. “Ainda acho a Suíça um lugar maravilhoso para se visitar. Por isso, venha”, acrescentou.