Vela festeja título mundial e volta de patrocínios

Kahena e Martine com o técnico Javier Torres

Apesar de ter conquistado apenas uma medalha no Mundial, a Confederação Brasileira de Vela comemora o retorno dos patrocinadores ao esporte. A entidade, que ocupou o lugar da insolvente Confederação Brasileira de Vela e Motor como representante da modalidade no país, já conta com apoio do Bradesco, com contrato até 2016. O banco libera verba anual de R$ 4 milhões. Além disso, a confederação está prestes a fechar novo acordo, de mais R$ 1 milhão por ano.

“Infelizmente, preciso esperar três anos para ter direito à verba do Ministério do Esporte”, lamenta Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela, que não conta mais com nenhum patrocínio estatal.

A confederação também recebe dinheiro via Lei Piva, que destina parte da arrecadação das loterias federais ao esporte. Indiretamente, também é beneficiada pelo Bolsa Pódio, que concede salário a nove velejadores. Outra fonte de financiamento é via COB (Comitê Olímpico Brasileiro). Só com a campanha no Mundial da Isaf (Federação Internacional de Vela) foram gastos R$ 2 milhões para enviar uma equipe de 34 atleta nas dez classes olímpicas.

A antiga CBVM, afundada em dívidas, abriu mão de representar oficialmente a vela brasileira. A CBVela requereu, então, em 2013, filiação à Isaf. Com o aval da entidade que comanda o esporte no mundo, a confederação conseguiu tornar-se a representação oficial do Brasil junto ao Comitê Olímpico Internacional.

No Mundial da Isaf, disputado em Santander, na Espanha, o Brasil conquistou o ouro na 49er, com Martine Grael e Kahena Kunze. Nas demais classes, o melhor resultado foi de Robert Scheidt, quinto colocado na laser.

O presidente da CBVela, porém, festeja o fato de o Brasil liderar o ranking mundial em duas classes: 49er feminina (Martine e Kahena) e prancha a vela masculina (Ricardo Winick). Scheidt é o segundo da classificação da laser. “Também conquistamos mais dois Mundiais de classe no ano passado”, lembra Marco Aurélio, referindo-se aos triunfos de Robert Scheidt (laser) e Jorge Zarif (finn). Nessa última classe, o Brasil não era campeão havia 41 anos. 

Sair da versão mobile