Venda de ginásio ameaça basquete de Bauru

“Temos até junho para entregar o ginásio”, diz diretora de marketing

O Itabom/Bauru, equipe de basquete do interior de São Paulo, enfrenta problemas para viabilizar a própria existência a partir de julho de 2011. Os proprietários do ginásio Luso, atualmente cedido para partidas do time, impuseram prazo até junho da próxima temporada para que o local seja devolvido.

A outra arena localizada na cidade de Bauru, denominada Panela de Pressão, pertence ao Noroeste, clube de futebol. Com a necessidade de deixar o Luso, o secretário de esportes municipal, José Carlos Batata, sugeriu que a prefeitura desapropriasse o ginásio do Noroeste e repassasse o uso ao Bauru.

A solução, entretanto, após reuniões entre representantes das partes envolvidas e políticos, foi rechaçada pelo time de futebol. O último encontro, realizado na última quinta-feira (22), foi permeado por críticas à desapropriação do Panela de Pressão e ao secretário. O prefeito de Bauru, Rodrigo Agostinho (PMDB), por sua vez, apontou a ideia como última alternativa, mas optou por não descartá-la.

A cessão do ginásio do Noroeste à prefeitura por meio de alguel, outra hipótese cogitada, enfrentaria alguns problemas burocráticos. O clube de futebol tem dívidas pendentes com o governo local, fato que inviabilizaria a locação do local, além da necessidade de reformar o local, em péssimas condições.

Nesse cenário, entre discussões entre políticos, clube de futebol e imprensa local, encontra-se a equipe de basquete de Bauru. Integrante do Novo Basquete Brasil (NBB), principal liga da modalidade no Brasil, o clube do interior de São Paulo ainda enfrenta dificuldades para conseguir patrocinadores.

O torneio nacional, prestes a ser iniciado, gera custos que ainda não estão perfeitamente equacionados pela direção do Bauru. A necessidade de viajar para cidades fora de São Paulo, por exemplo, encarece a participação da equipe e dificulta o uso de recursos para contratação de novos reforços.

Atualmente, o Bauru é dependente do patrocínio da Itabom, e a saída da empresa poderia fazê-lo desaparecer. “Mas a gente se sente responsável pelo time, e em momento algum sairíamos sem que houvesse outro patrocinador máster fechado”, garante a diretora de marketing da Itabom, Juliana Poli, que também exerce função idêntica no Bauru, à Máquina do Esporte.

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