Durou pouco o “nimo da Fifa para investigar denúncias de corrupção envolvendo dirigentes da entidade. Jack Warner, vice-presidente da entidade e um dos principais acusados, renunciou a seu cargo. Com isso, a instituição decidiu interromper as investigações em torno dele.
Warner tinha 28 anos de experiência na diretoria da Fifa, e era o membro mais antigo do comitê-executivo da entidade. Ele foi acusado de receber dinheiro para votar no qatariano Mohamed bin Hammam, que pretendia concorrer com Joseph Blatter pela presidência da entidade, mas retirou a candidatura na semana do pleito.
No dia 29 de maio, a Fifa decidiu suspender Bin Hammam e Warner. Na época, a diretoria da entidade alegou que a decisão daria mais liberdade para os casos serem investigados.
“Como consequência da renúncia de Warner, todos os procedimentos do comitê de ética contra ele foram fechados. A ideia de inocência foi mantida”, disse a Fifa em comunicado oficial.
Anteriormente, Warner já havia sido acusado de corrupção na eleição que conduziu Blatter à presidência da Fifa em 1998 – na época, os atuais rivais políticos ainda eram aliados. Em 2006, o vice-presidente também esteve envolvido em um esc”ndalo de comercialização de ingressos da Copa do Mundo da Alemanha.
A investigação da Fifa agora é voltada apenas a Bin Hammam. No entanto, como ele teme represálias ao Qatar, que recentemente ganhou o direito de organizar a Copa do Mundo de 2022, é possível que o dirigente siga nos próximos dias o caminho de Warner.