WTorre fecha com Traffic Arenas

A nova arena do Palmeiras ainda não saiu do papel, mas a construtora WTorre já fechou contrato para a comercialização do estádio, que deverá começar a ser construído em 2010. A Traffic Arenas, braço do grupo comandado por J. Hawilla, foi contratada para vender propriedades comerciais da arena. O acordo foi confirmado por Mauro Holzmann, diretor da Traffic Arenas, durante palestra sobre gestão de arenas na II Semana de Marketing Esportivo, organizada pela Máquina do Esporte em conjunto com a Empresa Júnior da Escola de Educação Física e Esporte da USP. Segundo o executivo, as duas empresas já estão trabalhando em conjunto sobre o projeto palmeirense. Inclusive a Traffic já sugeriu algumas alterações, com o objetivo de aumentar o potencial de venda da arena, tornando-a mais rentável. ?Esse é o trabalho que devemos realizar. Dar esse olhar comercial para os projetos?, afirmou Holzmann durante sua apresentação na USP. Criado no início do ano pela Traffic, o departamento de arenas primordialmente trabalhará na comercialização de propriedades nos novos estádios que deverão ser construídos no país nos próximos anos. O maior objetivo é a venda de camarotes corporativos e de patrocínios. Holzmann, porém, diz que a empresa já começa a estudar se não será importante trabalhar também na gestão dos estádios de futebol. De acordo com o executivo, uma gestão pouco profissional da arena pode colocar por terra toda o projeto de comercialização do estádio. ?Nosso expertise é a comercialização de estádios, e não a gestão. Só que, se não houver uma gestão profissional do estádio, esse trabalho não renderá frutos. A gestão é muito importante. Nós estamos fazendo estudos para ver como a Traffic poderá estar presente nessa gestão. Como não é nosso negócio, a gente olha parcerias que podem ser feitas?, disse. O executivo, porém, é cético em relação à entrada de grandes grupos internacionais para trabalharem como gestores de arenas. Para ele, a realidade de público e de fontes de receita no Brasil é diferente do que acontece nos Estados Unidos e na Europa, o que pode fazer com que o investidor estrangeiro tenha dificuldades na gestão da arena no país. ?Eu não acredito nesse sonho da vinda das multinacionais e das pessoas de fora que vêm fazer a gestão de estádios no Brasil. E há até um motivo simples, que mostra como aqui é diferente: como pode um estrangeiro entender que aqui você corre o risco de ter o seu estádio vendido inteiro com meia-entrada? Sua previsão de receita cai pela metade?, exemplificou. A palestra de Holzmann encerrou o segundo dia da II Semana de Marketing Esportivo organizada pela Máquina do Esporte em conjunto com a Empresa Júnior da Escola de Educação Física e Esporte da USP. Na quarta-feira o seminário prossegue com duas palestras. Às 9h haverá a apresentação de Marco Siqueira, sócio-diretor da Gol de Ouro, agência de marketing esportivo especializada na área de licenciamento esportivo. Siqueira falará sobre o mercado de licenciamento no esporte. Na sequência, é a vez de Fabiano Redondo, diretor de marketing da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), falar sobre o marketing de uma das principais modalidades esportivas do país.

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