O ex-jogador Zico convocou uma coletiva de imprensa para reiterar que pretende se candidatar ao cargo de presidente da Fifa. O posicionamento, no entanto, está condicionado a mudanças no sistema de eleição da entidade.
Quando Joseph Blatter anunciou a renúncia, na última semana, Zico já havia manifestado desejo em concorrer ao cargo recém-aberto. Ainda assim, em nenhum momento ele havia sido contundente em sua resposta, algo que mudou nesta quarta-feira.
Segundo o ex-jogador, o que precisaria é uma mudança nas regras atuais. “A Fifa, o presidente que está lá, vai ter de reunir o conselho para ver como vai ser feita a mudança. Dentro das regras que vão vir eu vou ver se vou firme ou não”, afirmou.
A questão é que não é tão simples ser presidente da Fifa. O candidato tem que ser chancelado por uma confederação e ainda ter apoio de outras cinco. Somente nessas condições o dirigente pode entrar em votação.
Apesar da boa vontade do ex-jogador, seu histórico fora das quatro linhas não é dos mais animadores. Como técnico, seus maiores êxitos foram títulos de pouca expressão no futebol de elite, entre Copa da Ásia e Campeonato Turco.
Como cartola, a carreira de Zico é ainda mais curta. Seu maior cargo foi de diretor-executivo de futebol do Flamengo, indicado pela então presidente do clube Patrícia Amorim. Após quatro meses, o novo dirigente pediu demissão de seu cargo.
Caso concretize sua candidatura, Zico deverá concorrer com Platini, ícone da seleção francesa dos anos 1980, que eliminou a brasileira na Copa do Mundo de 1986. Outro ex-jogador na disputa deverá ser o português Luís Figo.