Em Berlim para acompanhar a final da Liga dos Campeões da Europa entre Barcelona e Juventus, Zico deixou aberta a possibilidade de se candidatar à presidência da Fifa em post compartilhado no Facebook. Na mensagem, o ex-jogador afirmou que a ideia surgiu durante um jantar com a mulher, Sandra, na Alemanha.
“Por que não? Minha vida sempre foi dentro do futebol. Uma paixão que exerci com seriedade e respeito no Brasil e em outros países. Jantando com Sandra pensei nisso. Minha mulher e meus filhos me apoiaram. Fui Ministro dos Esportes, tenho experiência com meu clube e no apoio ao Kashima, ao Japão. Penso no futebol acima da política. Não tenho apoio ainda, mas se é aberto eu posso me candidatar à Fifa. Ainda é uma idéia… Quem sabe?”, diz o post.
Para formalizar sua candidatura, Zico teria de conseguir apoio de, no mínimo, cinco das 209 federações com direito a voto no pleito. Ainda não há data para a nova eleição que escolherá o sucessor de Joseph Blatter, que entregou o cargo na terça-feira após sucumbir à pressão pelo escândalo de corrupção no futebol mundial. A estimativa, contudo, é de que o pleito acontece entre dezembro de 2015 e março de 2016.
Outro requisito a ser atendido é ter trabalhado com futebol nos últimos cinco anos. Além de ser comentarista no Esporte Interativo, detentor dos direitos de transmissão da Liga dos Campeões no Brasil pelas próximas três temporadas, Zico é treinador do indiano Goa. A experiência como técnico começou na Copa de Mundo de 2006, com o Japão. Oito anos antes, foi auxiliar de Zagallo com a seleção brasileira no Mundial da França. Ele ainda dirigiu Fenerbaçe, Bunyodkor, CSKA Moscou, Olympiakos, Al-Gharafa e a seleção do Iraque.