COB alcança marca de 2.273 projetos de alto rendimento executados com recursos de loterias em 2023

COB apresentou o relatório de atividades relativo a 2023 - Divulgação

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) conseguiu, em 2023, ampliar em 10,5% o total de projetos aprovados e executados pelas Entidades Nacionais de Administração do Desporto (Enads) utilizando recursos provenientes das loterias federais. A entidade recebeu, ao longo do ano, o total de R$ 391.365.040,18 a partir dessa fonte de receitas.

No ano passado, foram realizados 2.273 projetos de alto rendimento financiados com dinheiro da Lei Agnelo/Piva, que destina 2% da arrecadação bruta das loterias federais para as modalidades olímpicas e paralímpicas brasileiras. Os números constam no Relatório Anual de Atividades, lançado pelo COB no mês passado.

O documento mostra que, em 2022, o Comitê havia alcançado um total de 2.066 projetos desse tipo. Nos últimos quatro anos, esse dado tem apresentado constante evolução.

Foram 1.729 projetos aprovados em 2020, contra 1.832 executados no ano seguinte.

Onde o recurso foi investido

Do total de projetos aprovados, 756 custearam a participação de atletas em eventos esportivos, enquanto 597 foram destinados à preparação técnica. Outros 390 foram para manter as entidades esportivas, ao passo que 266 foram para manutenção e locomoção de atletas.

Por fim, 134 estavam focados na formação de recursos humanos, e 130 estavam relacionados a programas e projetos de fomento.

Já quando se analisa o percentual de recursos investidos, observa-se que 40% foram destinados para a participação em eventos esportivos. Outros 33% foram utilizados na preparação técnica dos atletas, enquanto 18% foram para a manutenção das entidades.

O restante se divide em 5% usados para a manutenção e locomoção de atletas, 3% voltados a projetos e programas de fomento, e 1% gasto em formação de recursos humanos.

Paris 2024

Em 2024, ano em que serão disputados os Jogos Olímpicos de Paris, 33 entidades esportivas estão aptas a receber recursos da Lei Agnelo/Piva.

No ano passado, o COB teve de realizar a execução direta de cinco programas esportivos para confederações brasileiras que estavam impedidas de receber repasses federais.

Esses investimentos incluíram 1.225 emissões de passagens aéreas (aumento de 16,2% em relação a 2022), 724 solicitações de hospedagem (65,7% a mais), 586 emissões de seguro-viagem (aumento de 30,2%) e 40 contratações de transporte terrestre (crescimento de 300%).

Em três das entidades impedidas de receber recursos das loterias (basquete, desportos aquáticos e handebol), o COB foi responsável pela execução de 100% dos projetos de alto rendimento.

As metas de desempenho estabelecidas pela entidade eram relacionadas a campeonatos mundiais ou competições equivalentes, além de posicionamento no ranking internacional da modalidade.

O objetivo para 2023 era alcançar 19 medalhas. Essa meta acabou sendo superada, já que os atletas brasileiros alcançaram um total de 20, sendo quatro de ouro, sete de prata e nove de bronze, em nove modalidades: atletismo, boxe, ginástica artística, judô, skate, surfe, taekwondo, tiro com arco e vôlei de praia.

Em 2023, foram executados 26 programas de preparação, que beneficiaram 38 diferentes disciplinas olímpicas no país. No fim do ano passado, 147 atletas brasileiros já estavam garantidos nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 em 24 modalidades.

Evolução nos Jogos Pan-Americanos

O relatório também demonstra a evolução do desempenho brasileiro nos Jogos Pan-Americanos a partir da edição de 2015 da competição continental, realizada em Toronto (Canadá).

Naquele ano, o Brasil conquistou 141 medalhas no total. Na edição seguinte, ocorrida em 2019, em Lima (Peru), foram 169 pódios.

Já nos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile) de 2023, o Brasil atingiu a marca de 205 medalhas, sendo 66 ouros, 73 pratas e 66 bronzes, o que assegurou o segundo lugar no quadro geral.

Apenas durante o Pan-Americano de Santiago, o Brasil garantiu 40 vagas em Paris 2024 em 10 modalidades esportivas.

O relatório do COB também destaca a evolução da participação feminina nas conquistas brasileiras nos Jogos Pan-Americanos. Em Lima 2019, das 169 medalhas alcançadas pelo país, 64 foram obtidas por mulheres. O resultado foi equivalente a pouco mais de 37% do total.

Já em Santiago 2023, o time brasileiro registrou um total de 95 medalhas femininas, o que representou 46% das 205 conquistadas ao todo pelo país.

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