Após não ser disputado em 2021 por conta da pandemia de Covid-19, o Rio Open estará de volta em 2022. Realizado mais uma vez no Jockey Club Brasileiro, na zona sul da capital fluminense, o torneio é o maior do tênis latino-americano e, neste ano, quer chamar ainda mais atenção por conta do line-up.
Se tudo correr como o esperado, o evento contará com o maior número de jogadores dentro do Top 10 e do Top 20 do ranking da ATP. Os principais destaques ficam por conta do italiano Matteo Berrettini (7º), que acabou de chegar à semifinal do Australian Open e foi finalista de Wimbledon em 2021, e do norueguês Casper Ruud (8º).
Além deles, o argentino Diego Schartzman (13º), o austríaco Dominic Thiem (16º) e o chileno Cristian Garin (19º) também fazem parte da atual lista dos 20 melhores jogadores do mundo.
“O line-up de 2022 é o melhor já reunido pelo Rio Open. Não pelo número de Top 10 e Top 20, mas por ter uma gama de jogadores bem completa. Tem os últimos três campeões do Rio Open, tem o Alcaraz [Carlos Alcaraz, de 18 anos, sensação do tênis espanhol e atual número 31 do mundo]. Vai ter jogo de primeira rodada que poderia ser semifinal ou final, o que ajuda a atrair público desde o início do torneio”, comentou Lui Carvalho, diretor do Rio Open, em entrevista exclusiva à Máquina do Esporte.
Nenhum dos atletas, porém, é mais esperado no Rio de Janeiro do que Juan Martin Del Potro. Vencedor do US Open em 2009, dono de duas medalhas olímpicas (bronze em Londres 2012 e prata no Rio 2016) e ex-número 3 do mundo, o argentino sofreu muito com contusões ao longo da carreira e está há um longo tempo fora das quadras. A expectativa, no entanto, é que o tenista possa voltar a atuar no Rio de Janeiro.
“Ele está voltando de lesão, de cirurgia, é um processo lento. O acordo foi voltar, se der para voltar, no Rio Open. Na semana que vem, ele dará uma resposta. A perspectiva é boa, estamos otimistas. Ele próprio está muito animado”, destacou Lui Carvalho.
Para o diretor, além dos excelentes resultados na carreira, Del Potro possui um pouco do carisma de Gustavo Kuerten, o maior tenista brasileiro de todos os tempos, pois, entre outras coisas, se emociona facilmente.
A quantidade recorde de jogadores entre os 10 e os 20 melhores tenistas do mundo, além da possível presença de Del Potro, no entanto, não são os únicos motivos para esperar um grande público no Jockey Club Brasileiro a partir do dia 12 de fevereiro. Na entrevista, Lui deixou claro o quanto o tênis nacional cresceu durante a pandemia.
“A pandemia massificou a prática do tênis. Muita gente que jogava passou a jogar mais, e outros que não jogavam passaram a jogar. Além disso, outros fatores ajudam, como o bronze olímpico inédito [conquistado por Luisa Stefani e Laura Pigossi em Tóquio 2020] e a Bia na final do Australian Open [Bia Haddad disputará a decisão de duplas do Grand Slam, se tornando a primeira do país a realizar tal feito desde 1968]. Tudo isso atrai novos jogadores e faz com que o tênis brasileiro, assim como o público apaixonado pelo esporte, cresçam cada vez mais”, finalizou.