A Nike faturou US$ 26 bilhões no primeiro semestre fiscal de 2022, período que vai de 30 de maio a 30 de novembro, o que corresponde a 10% a mais do que no mesmo período do ano anterior e demonstra a força cada vez maior da marca americana no mercado.
No entanto, a redução do lucro em 12,8%, para US$ 2,8 bilhões, também deixa claro que a gigante esportiva ainda não escapou da crise global que afeta as principais multinacionais desde o início da pandemia de Covid-19, entre o final de 2019 e o início de 2020, e que se agravou no ano passado com a crise logística e de abastecimento também enfrentada em escala mundial.
De acordo com a empresa, houve uma melhora substancial no mercado chinês, onde as vendas caíram de 16% no primeiro trimestre fiscal para apenas 4% no segundo. No país asiático, as receitas da empresa entre junho e agosto atingiram quase US$ 3,5 bilhões.
Foi no segundo trimestre fiscal, entre setembro e novembro, porém, que os números foram alavancados. Nesse período, a Nike faturou US$ 13,3 bilhões, 17% a mais que no ano anterior e melhor registro para este momento do ano em toda a década. Segundo a marca, o crescimento no volume de negócios foi alcançado graças a um aumento de apenas 8% nos custos de atração de demanda.
“Os resultados da Nike neste último trimestre são a prova da nossa profunda conexão com o consumidor. O crescimento durante esse período foi liderado pelo nosso negócio digital [aumento de 25%] e pela força da nossa marca”, disse John Donahoe, CEO da empresa.
“Continuamos focados no que podemos controlar, e estamos no caminho certo para atingir nossas metas operacionais e financeiras”, afirmou Matthew Friend, vice-presidente executivo e diretor financeiro da marca.
A América do Norte segue como principal mercado da Nike. Com um volume de negócios de US$ 11,3 bilhões, a região concentra 50% dos negócios do grupo, com uma alta no faturamento de 21% no atual exercício.
Na Europa, África e Oriente Médio, região conhecida como Emea, e também na Ásia e na América Latina, os volumes de negócios também foram considerados bons, com crescimento médio de 25% em cada uma.
Por fim, por categoria de produto, as vendas foram lideradas pelos tênis, que continuam a representar 67% do negócio da Nike, com um aumento de 23% nas receitas, atingindo US$ 16,6 bilhões no primeiro semestre fiscal. Na sequência, a marca fatura mais com roupas esportivas e acessórios.