Quase centenária, São Silvestre olha para o futuro e foca na sustentabilidade

Prova terá cerca de 35 mil participantes, que utilizarão por volta de 500 mil copos plásticos de água - Divulgação

A 98ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre, a mais tradicional do running no país, será disputada no próximo domingo (31), pelas ruas de São Paulo (SP). Quase centenária, a prova mira cada vez mais o futuro e, pela quarta vez, contará com uma ação que tem como foco a sustentabilidade.

A iniciativa será colocada em prática pelo Movimento Plástico Transforma, que fará a coleta dos copos plásticos de água utilizados pelos cerca de 35 mil participantes. A estimativa é que cerca de 500 mil copos plásticos serão distribuídos e, na sequência, descartados ao longo dos 15km do percurso.

Em parceria com a Fundação Cásper Líbero e a Yescom, o Movimento Plástico Transforma contratou uma equipe que fará a coleta das embalagens, as quais serão transportadas até uma cooperativa de catadores, a YouGreen, que serão beneficiados com a retirada do lacre de alumínio.

Posteriormente, os copos serão levados para a Plastimil, onde ocorrerá a fabricação da resina reciclada. Para finalizar o processo, a matéria-prima reciclada será transformada em novos produtos, que serão doados e retornarão à sociedade.

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Com a ação, o evento almeja atingir resíduo zero de material plástico, ou seja, que nenhum copo chegue aos aterros sanitários. Um dos objetivos da iniciativa é promover a destinação adequada dos resíduos plásticos gerados durante o evento, além da conscientização do público sobre a importância da reciclagem e da economia circular.

Para se ter uma ideia, foram fabricadas 214 mesas e 420 cadeiras a partir de matéria-prima vinda dos 190 mil copos plásticos coletados durante a última edição da corrida, em 2022, beneficiando cerca de 682 crianças de escolas públicas de Pernambuco.

Em 2021, a ação transformou os 95 mil copos plásticos coletados e reciclados em 1.200 caixas organizadoras que beneficiaram aproximadamente 6.700 alunos de escolas públicas de São Paulo. Já em 2019, as embalagens foram transformadas em 1.800 lixeiras, doadas para escolas públicas das cidades de Jaguariúna e São Carlos, ambas no interior de São Paulo.

“Com essa ação, temos o intuito de trazer consciência à sociedade quanto aos benefícios provenientes da reciclagem, que se torna mais efetiva quando todos colaboram por meio da realização do descarte correto de resíduos. A partir do recolhimento deste material, será possível retorná-los à sociedade com outras utilidades e, ao mesmo tempo, colaborar com a preservação do meio ambiente”, destacou Mariana Cardoso, membro do grupo técnico do Movimento Plástico Transforma.

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