O street ball, traduzido para o português como basquete de rua, surgiu nos Estados Unidos como uma variação do jogo praticado nas quadras. Com regras e uma cultura própria, a modalidade logo se espalhou pelo país. Agora, um grupo de brasileiros tenta fazer com que esse fenômeno se repita também no Brasil. Para que esse esporte se torne cada vez mais popular no país, pessoas envolvidas com a modalidade resolveram profissionalizá-la. O primeiro passo foi a criação da Confederação Brasileira de Basquete de Rua (CBBR) e da Federação Paulista de Basquete de Rua (FPBR). “Vimos que este tipo de basquete está virando uma grande febre. Começou a surgiu campeonatos dispersos, mas nada embaixo de um mesmo guarda-chuva. Então fomos procurados por alguns praticantes para a criação de uma confederação e uma federação paulista, para que pudéssemos criar um regulamento e organizar o esporte”, explica Conrado Nakata, sócio da Bravo Marketing Esportivo, agência responsável pela gestão do projeto. As duas entidades já estão acertando os últimos detalhes, como a obtenção de um CNPJ, e deverão ser constituídas oficialmente até o dia 20 deste mês. A partir daí, os trabalhos serão voltados para a organização da modalidade no país. Esses campeonatos seriam disputados no formato três contra três e cinco contra cinco. Os formatos um contra um, dois contra dois e quatro contra quatro seriam usados apenas em exibições. “O que pensamos em fazer é criar um calendário com no máximo quatro etapas. Faremos esses torneios e definiremos quem será o campeão. A princípio vamos buscar as praças onde já existe o esporte, como São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis e, possivelmente, Salvador”, diz Nakata. Apesar de afirmar que, para se fazer um campeonato bem organizado, será preciso um “investimento considerável”, o executivo ainda não consegue precisar os números específicos. Esse mapeamento será feito, assim como a criação de um plano comercial para a captação de patrocinadores para os torneios. Os atletas, em contrapartida, não deverão receber nenhum aporte financeiro ou auxílio para pagar despesas de transporte, por exemplo. Mesmo assim, Nakata diz que poderá achar uma solução indireta para essa situação. “A CBBR não pode dar patrocínio aos atletas, mas ela pode fazer uma seleção brasileira de basquete de rua e esses atletas passariam a viajar para fazer as exibições com ajuda da confederação. Fora isso, a CBBR não pensa em ajudar no deslocamento dos atletas nos campeonatos”, completa.
Basquete de rua tenta profissionalização
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