Bingos rendem dívidas a confederações

Fechados no país por falta de regulamentação, os bingos continuam dando dor de cabeça a confederações brasileiras mesmo sem existirem. Segundo reportagem da “Folha de S. Paulo”, entidades que comandam esportes olímpicos como vela e canoagem têm dívida milionária com a Receita pela antiga relação com o jogo. De acordo com a reportagem, o fisco teria investigado as confederações nos últimos tempos. Como mantinham relações com bingos, as entidades teriam sido avaliadas como empresas privadas e não públicas sem fins lucrativos, o que aumentaria o número de impostos a serem pagos. O resultado é que as confederações e federações estaduais envolvidas (14 modalidades olímpicas, entre elas atletismo, vôlei, boxe e hipismo) serão julgadas na esfera administrativa da Receita. Com isso, elas não poderão incluir projetos na Lei do Incentivo ao Esporte. Se forem condenadas, também perderão os benefícios da Lei Piva, que destina parte do dinheiro arrecadado com loterias para o esporte. As confederações de vela e canoagem lideram a lista de endividados. Na primeira, por exemplo, os débitos chegariam a R$ 107.090.102,89, sendo que a única fonte de receita atual é a Lei Piva. No total, as dívidas com a Receita chegariam a R$ 200 milhões, somadas todas as entidades. O problema financeiro teria motivado os dirigentes a buscarem o Ministério do Esporte, que teria decidido montar um grupo para a avaliação da situação. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB), por sua vez, teria negado as informações, dizendo que as dívidas devem ser sanadas por cada confederação.

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