A última apresentação da candidatura do Brasil para a Copa do Mundo aconteceu nesta terça-feira, com muita expectativa para o anúncio oficial da Fifa sobre o país que será a sede do mundial de 2014. Previsto para começar às 9h30 (horário de Brasília), a exposição teve início com meia hora de atraso. A preocupação ecológica foi um dos principais pontos destacados, além dos ganhos econômicos e sociais que a Copa do Mundo pode levar. Esta questão foi apresentada em alguns discursos, principalmente no do governador do Amazonas, Eduardo Braga, e em um dos vídeos mostrados. ?É importante destacar alguns pontos do patrimônio ambiental chamado Brasil. A iniciativa de realizar uma Copa contribuirá para que o desenvolvimento sustentável ajude nosso povo a conservar este patrimônio insubstituível?, afirmou Braga. A iniciativa foi aprovada pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, e a apresentação agradou de uma maneira geral, dando muitas indicações de que o anúncio oficial, previsto para às 12h (de Brasília), será positivo para o país. A participação do escritor Paulo Coelho, mundialmente conhecido, também foi um ponto de destaque. ?Eu não deveria, mas vou dizer. Eu fiquei impressionado, realmente impressionado, com a preocupação ecológica e com o fato de terem trazido, para Zurique, o Paulo Coelho. Ele tem um senso de humor muito específico. Eu acho que isso é o futebol e isso é o Brasil?, exaltou Blatter, em menção a uma piada contada pelo escritor em sua explanação. ?A emoção do futebol é diferente. Já vi pessoas ficarem cinco horas discutindo sobre um jogo, mas nunca vi fazerem isso sobre relação sexual. Com certeza a emoção do futebol dura mais. Não estou dizendo que é melhor ou pior, mas ela dura mais?, brincou Paulo Coelho. Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ficou responsável por abrir e fechar a apresentação. Ele destacou o impacto econômico e social do evento, entre eles o aumento de empregos que acontece em um país que é sede de um Mundial (como os 40 mil empregos permanentes criados na Alemanha) e a exigência do comitê organizador de que os novos estádios construam escolas públicas e centros de saúde. ?A Copa deixará muito mais do que estádios modernos. Deixará uma herança permanente com a melhoria dos transportes, mais hospitais, saneamento, além de aumento quantitativo da segurança pública. Haverá um número maior de turistas, aumento de comércio e investimento em hotelaria, além da visibilidade global com ganhos intangíveis para a imagem do Brasil?, disse. ?O Brasil está preparado para fazer o dever de casa porque receberá investimentos nos próximos anos. A Copa de 2014 encontrará um país com uma estrutura moderna?, completou Teixeira. O ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., foi a outra autoridade a falar na apresentação e, assim como o presidente da CBF, deu destaque para os avanços econômicos e sociais do país. O técnico da seleção brasileira, Dunga, e o atacante Romário eram as outras pessoas da mesa brasileira. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou apenas na platéia. ?Nos preparamos 57 anos para receber novamente a Copa do Mundo. Desde a Copa de 50, nos tornamos pentacampeões de futebol e sofremos importantes mudanças no país?, destacou o ministro em seu discurso.
Brasil agrada com “apresentação verde”
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