Budweiser vive dilema na Nascar

A Budweiser tem um grande problema para resolver envolvendo o seu patrocínio na Nascar. O motivo é a troca de equipe feita por Dale Earnhardt Jr., um dos principais corredores da categoria. O piloto anunciou nesta quarta-feira que defenderá a Hendrick Motorsports a partir de 2008. Essa troca de equipe esbarra diretamente nos interesses da cervejaria pelo fato de a Budweiser ter um patrocínio pessoal com o piloto até 2008 e ser uma das primeiras a estampar a marca no agora ex-carro de Earnhardt Jr. Apenas com o patrocínio ao carro do piloto, a Budweiser pagava cerca de US$ 20 milhões (R$ 40 milhões) por ano. Segundo analistas, caso tenha interesse em continuar com um patrocínio deste tipo na nova equipe, a cervejaria terá que aumentar o valor. Caso essas renovações não aconteçam, a Budweiser deve ter problemas na sua estratégia de patrocínios no esporte. Como é proibido nos Estados Unidos os investimentos, por parte das cervejarias, na NBA, NFL e aos tenistas, resta a marca apenas o golfe e a Nascar. Porém, segundo uma pesquisa realizada no país, a venda de bebidas alcoólicas está estagnada, assim como a de refrigerantes. Dessa forma, a Budweiser deve ter que tomar uma atitude mais agressiva de divulgação para não perder mercado. E o esporte aparece justamente como a plataforma ideal para esses investimentos. Na Nascar, um levantamento mostrou que os consumidores da modalidade preferem cervejas mais leves. Nesse caso, a Anheuser-Busch, fabricante da Budweiser, poder desistir de promover a sua mais tradicional marca e apostar na Bud Light. Já a desistência no patrocínio a Earnhardt Jr. e a busca por uma nova parceria com algum outro piloto também não é bem vista pelos analistas. O motivo, segundo a crítica especializada, é que os consumidores da Nascar são fiéis apenas às marcas que adotam esta postura com pilotos e carros. Dessa forma, uma troca poderia ser encarada como uma ?traição? pelos clientes.