Camisa 3 cria “problema” à Adidas

No último dia 7 de setembro, o Palmeiras e a Adidas lançaram o novo terceiro uniforme do clube paulista. A ação que envolveu a nova camisa contou com foto posada com o time, cobertura em diversos veículos, com direito a helicóptero sobrevoando o estádio no dia do lançamento, e um clima de expectativa que contagiou a torcida. A iniciativa, baseada em estratégias adotadas por clubes europeus, mostrou-se, um mês depois de realizada, um ?problema? para a fabricante alemã. Com a ampla cobertura da mídia e o barulho causado pela criação de uma camisa amarela fosforescente, os palmeirenses adotaram o modelo como o preferido no segundo semestre. Assim, desde o início de outubro, as lojas de material esportivo viram o terceiro uniforme esgotar de seus estoques. A enorme procura fez com que a fabricante tivesse de recolocar em produção o novo modelo, para conseguir reabastecer as lojas de materiais esportivos. A Adidas não revela quantas camisas foram produzidas no primeiro lote e nem quantas foram recolocadas no mercado. Para a ação com os torcedores, eram 1,5 mil uniformes, vendidos inicialmente apenas na loja oficial do clube. No dia seguinte à fotografia, as lojas começaram a vender as camisas. Coincidência ou não, em todas as vezes que o time entrou em campo com a indumentária, saiu vencedor. Isso acabou atraindo também a atenção do torcedor. Nos jogos do Palmeiras, já é comum a arquibancada substituir as tradicionais cores verde e branca pelo amarelo da nova camisa. O sucesso do terceiro uniforme lembra, e muito, a ação mais bem sucedida da Adidas em território brasileiro, realizada em 1999 com o Fluminense. Na ocasião, foi lançada uma camisa de cor laranja, em homenagem às Laranjeiras, bairro do Rio onde fica a sede do clube. O uniforme foi ?adotado? pela torcida no acesso do Fluminense, então na Série C do Campeonato Brasileiro, para a Série B e depois para a Série A. Curiosamente, porém, a camisa laranja nunca foi usada pelos jogadores numa partida oficial do Fluminense, que desde então segue com o patrocínio da fabricante alemã. Mas, durante anos, o uniforme foi o produto de futebol mais vendido pela Adidas no país.

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