CBDU projeta NCAA com Lei do Incentivo

Aprovado pelo Ministério do Esporte no último mês de junho, o projeto da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU) que prevê a criação de uma liga no setor começa a tomar forma. Mesmo sem ter captado nenhum recurso até o momento, a entidade já conta com a Koch Tavares como agência oficial, e sonha repetir modelo da NCAA americana em breve. A idéia é usar os R$ 20,2 milhões aprovados pela Lei de Incentivo ao Esporte na estruturação das competições oficiais da CBDU em 2009. Esse crescimento, que deve começar no nível regional e terminar no nacional, atrairia universidades e times mais capacitados. Por conseqüência, criaria um fluxo de interesse dentro do meio acadêmico, que, a partir daí, poderia ser explorado externamente. ?O conceito é o da NCAA, que envolve todos os esportes e tem muito espaço no espaço norte-americano. A idéia é que os eventos oficiais da CBDU contem pontos para um ranking geral, de todas as modalidades, que vai definir a melhor universidade do Brasil?, disse Alcides Procópio Jr., diretor de marketing da Koch Tavares. O projeto é ambicioso. Com o interesse das faculdades e a movimentação entre os alunos, as competições passam a ser interessantes para o público extra-universidade. Consolidada, a Liga do Desporto Universitário, como deve ser chamada, deve atrair patrocinadores convencionais em busca de ativação e atenção da mídia. ?A gente entendeu que precisava buscar dinheiro incentivado para por o esporte universitário de pé. Vamos estruturar as competições, criar o interesse e atrair o mercado. Nosso trabalho é trazer muito mais visibilidade a isso tudo. Não só nos canais tradicionais de comunicação, que são emissoras de TV aberta ou fechada, mas também no celular, na internet?, disse Procópio. O otimismo ainda passa, porém, pelo apoio do governo. Nesse ano, a CBDU e a Koch Tavares esperam captar a capacidade máxima de recursos, e não tem dúvida de que irá adotar a mesma estratégia no ano que vem. ?No resto do mundo esse processo começou há 50, cem anos atrás, e hoje não precisa mais de dinheiro incentivado, porque o próprio marketing das empresas investe, porque sabe que tem retorno. Nos EUA, por exemplo, o sábado é recheado de esporte universitário. Tem fãs que preferem os jogos entre faculdades aos profissionais, inclusive. Um dia a gente pode conseguir o mesmo panorama, mas hoje ainda não é assim?, concluiu.

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