CBTkd não abafa críticas com aumento

O taekwondo brasileiro registrou sua melhor performance na história dos Jogos Pan-Americanos. As conquistas, contudo, motivaram uma série de críticas dos atletas aos dirigentes da modalidade. Para acalmar os “nimos, a Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTkd) anunciou, na última quarta-feira, que dobraria o valor mensal pago aos medalhistas. A medida surtiu efeito ao contrário. Logo após a divulgação do aumento, os lutadores voltaram a questionar o trabalho da entidade, que recebe cerca de R$ 400 mil anuais, provenientes da Lei Agnelo Piva. ?É uma injustiça, porque R$ 1,2 mil não vai mudar muita coisa. Depois acho uma injustiça dar 100% para mim, 50% para os outros medalhistas e 0% para quem não ganhou. O Leonardo, por exemplo, precisava muito mais desse aumento que eu?, afirmou Diogo Silva, responsável pelo primeiro ouro do Brasil nos Jogos, que teve seu salário dobrado. Além do paulista, foram beneficiados a medalha de prata Natália Falavigna, com aporte de 50% a mais por mês, assim como Márcio Wenceslau (prata na categoria até 58kg) e Leonardo Gomes Santos (bronze na categoria acima de 80kg). Após ficar com a medalha de prata na categoria acima dos 67 quilos e receber a notícia do aumento, Natália fez coro às críticas do colega Diogo. “O que me falta é ver um futuro dentro do taekwondo, ter um salário para que eu possa ser realmente uma profissional, treinar como uma profissional e viver do taekwondo. Eu preciso poder viver disso e consolidar minha carreira para que eu possa transmitir aos outros o que taekwondo me deu”, disse a brasileira “Reuters”. ?Eu não acredito nem nesse aumento que estão prometendo aqui. Eu também acho injusto, darem aumentos diferentes, pois somos um conjunto e conseguimos resultados juntos?, afirmou Wenceslau. Procurados pela reportagem da Máquina do Esporte desde a última segunda-feira, nenhum dirigente da CBTkd foi encontrado para comentar o caso.

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