China ?blinda? mascotes de suspeita

Às vésperas das Olimpíadas, uma série de desastres tem assolado a China. Inundações, terremotos e outros eventos trágicos, como protestos e acidentes graves, castigaram o país. Por superstições e teorias conspiratórias, os mascotes dos Jogos de Pequim têm sido associados a essa onda de tragédias. Internautas chineses e do resto do mundo atribuem esses acontecimentos a uma maldição dos ?Fuwa?, os mascotes olímpicos. O que deveria ser apenas especulação e informação sem fundamento começou a tomar forma e a abalar o governo chinês e a organização dos Jogos. As autoridades chinesas apagaram imediatamente qualquer indício dos rumores a respeito das maldições, justificando que o fenômeno popular poderia dar espaço a superstições perigosas, manchando a imagem dos Jogos Olímpicos. Cada mascote é relacionado a uma tragédia que assolou a China nos últimos meses: o Panda, símbolo chinês, foi associado ao terremoto que abalou a província de Sichuan em maio. O antílope tibetano, segundo essas superstições, é ligado com a onda de protestos violentos do Tibete, contra o governo chinês. O terceiro mascote, BeiBei, caricatura aquática dos ?Fuwa?, teve sua imagem relacionada com a inundação, que destruiu centenas de casas. Por último, a representação da andorinha foi associada a um grave acidente de trem em Shandong. Embora o governo chinês se declare contra as superstições, o que pode ser provado com as ações de represália a esses boatos, o início dos Jogos de Pequim é no dia 8 de agosto, oitavo mês de 2008, às 8h08, uma notória alusão ao número da sorte chinês.

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