China planeja relaxar censura à Internet

A censura chinesa à Internet é uma das principais preocupações dos jornalistas estrangeiros que irão cobrir os Jogos Olímpicos de Pequim neste ano. Pensando nas barreiras impostas à mídia, o Bocog, comitê organizador do evento, afirmou que a China está estudando a possibilidade de relaxar as restrições aplicadas a milhares de sites durante as duas semanas de disputas. A diretora de relações públicas do organismo, Wang Hui, confirmou que a possibilidade de mudanças no período de realização dos Jogos é real. Além disso, a representante do comitê disse que a experiência de outros países com Internet já está sendo analisada. Wang destacou ainda que as sugestões feitas por profissionais da imprensa de todo o mundo foram levadas em consideração para que essa “brecha” fosse aberta pelo governo chinês. “Esta seria uma das formas de fazer com que os Jogos Olímpicos possam promover o progresso na China”, concluiu Wang. Com 1,3 bilhão de habitantes, a China está prestes a superar os Estados Unidos e se posicionar como a maior comunidade de usuários da rede em todo o mundo. Mesmo com o bloqueio sofrido por boa parte dos sites, principalmente internacionais, o país possui 210 milhões de internautas. As páginas bloqueadas normalmente tratam de temas como pornografia, independência de Taiwan e do Tibet, Falun Gong, Dalai Lama, massacre da Praça da Paz Celestial, partidos políticos de oposição e movimentos anti-Comunistas, além de sites de notícias como os da BBC ou CNN.

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