Ciclismo busca desenvolvimento no país

O mercado de produtos de ciclismo no Brasil apresenta um crescimento que chega a 20% ao ano, em um país no qual a frota de bicicletas, de acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), é estimada em quase 70 milhões de unidades. No entanto, segundo a entidade, apenas 1% deste total é voltado para a prática do esporte. Para o atleta Júlio Paterlini, patrocinado pela Sundown e pelo Cemitério Memorial, de Santos (SP), o país tem um grande potencial para o crescimento nesta área. “O consumidor brasileiro tem um perfil parecido com o do americano, que sempre busca ter um equipamento mais novo ou moderno. Na Europa, isso não acontece. Quem compra uma bicicleta costuma ficar com ela pelo resto da vida”, afirma Paterlini. Agora, o atleta, junto a outro importante nome do ciclismo nacional, Renato Ferraro, vão representar no país a marca italiana de capacetes Rudy Project. Os produtos são destinados aos praticantes mais avançados no ciclismo nas categorias estrada, contra o relógio e mountain bike. Os produtos serão distribuídos pela Profancy/Cyclexpress, empresa do Grupo Pro Shock, e vão custar de R$ 80 a R$ 1,5 mil. O ciclista explica que o perfil do público nesse mercado varia muito no decorrer do ano. Com a proximidade do Natal e do verão, época que as competições não acontecem, as vendas são destinadas mais ao lazer. Quando existem provas, como o Ironman, há uma demanda maior por equipamentos voltados à prática esportiva. “No nosso caso, vendemos produtos mais voltados aos praticantes do esporte e não tanto para atletas. Eles são, na maior parte das vezes, executivos e profissionais que já desfrutam de uma boa condição financeira e usam o ciclismo como uma atividade”, conta o Partelini. Sobre o apoio de empresas ao ciclismo brasileiro e a influência dos esc”ndalos de doping na Europa nos acordos de patrocínio no país, Partelini conta que pelo fato do esporte ter pouca visibilidade no Brasil, esse tipo de problema não acontece. “São poucos os empresários que dão suporte ao ciclismo. Na maior parte das vezes, as empresas que atuam de alguma forma da área são as que patrocinam os atletas, que são só conhecidos no meio. No meu caso, sou remunerado pela Sundown e pelo Memorial, que apesar de não ter nenhuma relação com esporte, é um importante incentivador do ciclismo”, conclui.

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