Cidade tenta “civilizar” população

Nem a grandiosidade das instalações, tampouco o valor investido para o evento. O tema mais surpreendente dos preparativos de Pequim para sediar os Jogos Olímpicos de 2008 é a “cartilha” de bons modos imposta pelas autoridades locais à população. Os taxistas da capital chinesa não podem, por lei, usar brincos grandes, sapatos sujos, cabelo comprido ou tingido de loiro “platinado” ou ruivo. Fumar enquanto dirigem ou cobrar a mais dos passageiros também está proibido. Cuspir em locais públicos, uma prática habitual entre os chineses, vai acarretar em uma multa de até cinco euros àqueles que desrespeitarem a norma. Desde fevereiro, em todo dia 11 de cada mês em Pequim foi instituído o “dia da fila”. A medida visa conscientizar a cidade sobre a import”ncia de esperar sem empurrões ou tumultos. Outra iniciativa do governo de Pequim foi traduzir toda a sinalização de ruas e logradouros para o inglês. Além de auxiliar na localização dos turistas, a inclusão do alfabeto ocidental no cotidiano da cidade impulsionou a aprendizagem de outro idioma pelos chineses. Segundo dados fornecidos pelo Comitê Organizador dos Jogos (Bocog), cinco milhões de pessoas – 33% da população da capital – conseguem se comunicar em outra língua. O objetivo é acabar com o chamado “chinglish” e evitar que os chineses cometam tantos erros ao falar inglês.

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