Clubes de vôlei cobram espaço na Globo

O celebrado acordo com a ?Rede Globo?, que permitiria uma exposição maior na televisão aberta, está fazendo falta à Superliga de vôlei, ao menos na opinião de dois dos principais dirigentes da modalidade. A principal queixa é a ausência das primeiras finais de turno do prometido espaço em rede nacional. ?Eu acho que não está [tudo certo]. A Superliga foi reformulada por causa da CBV e da Globo. Tudo por essa exibição. Nós mudamos o sistema, e as finais dos torneios continuam sendo transmitidas pela Sportv e não pela TV aberta?, disse Sérgio Bruno Zech Coelho, presidente do Minas Tênis Clube. ?Tecnicamente está sendo aquilo que se esperava. Tem jogos excelentes, equipes muito fortes, mas em relação à exposição nós tivemos uma perda. Ano passado, a Globo transmitiu as finais dos turnos, e já não teve isso nesse ano?, disse José Montanaro Jr., diretor de vôlei do Santander/São Bernardo. Segundo os dois dirigentes, a ausência do vôlei não garante aos patrocinadores o retorno desejado no início do torneio. Mais que isso, a dist”ncia das telas seria um retrocesso em relação ao ano passado, algo não imaginado antes do início da Superliga, que prometia ser a mais rentável da história com nada menos que 44 atletas. A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), que liderou o processo de aproximação da emissora carioca anos atrás, prefere não interferir no assunto. Procurada pela reportagem, a entidade ressaltou que a competição é gerenciada pelos clubes, e se disse satisfeita com a Globo. ?Antes do início da competição, a televisão comunicou à CBV que o formato das transmissões deste ano seria diferente da temporada anterior, e comunicamos os clubes imediatamente. Mantemos sempre contato com eles, e a parceria está bem consolidada. Sempre conversamos para buscar uma melhor e maior exposição possível?, disse Renato D?Ávila, gerente de competições da entidade. A compensação pode estar em uma presença maior nos telejornais da emissora. As matérias noticiosas, prometidas pela Rede Globo, têm agradado a CBV. Os clubes, por sua vez, não se sentem aptos para avaliar a quantidade de reportagens. ?No começo, eles solicitaram sugestões de pautas, e a gente tem mandado várias. A intenção existia, só que ela não está acontecendo. Só que eu não sei dizer se está sendo cumprido ou não?, disse Zech Coelho. ?[Nos agrada] sim. Além de termos a garantia das transmissões das finais, a Superliga está constantemente no noticiário da emissora. Isto é importante para o desenvolvimento da competição?, disse D?Ávila. A reportagem da Máquina do Esporte tentou entrar em contato com o departamento de esportes da Globo para esclarecer as questões levantadas. Até o fechamento da matéria, no entanto, não obteve resposta.

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