O transporte aéreo durante o Campeonato Brasileiro de 2006 teve um ágio de R$ 11 milhões em relação ao valor firmado em contrato com agências de viagens e ao preço de mercado, segundo matéria publicada nesta terça-feira no jornal “Folha de S.Paulo”. O diário baseia a acusação em um documento interno do Flamengo ao qual teve acesso. O comunicado do ex-vice-presidente do clube Artur Rocha Neto ao presidente Márcio Braga analisa o contrato entre o Clube dos 13 e a Pallas Operadora Turística, agência responsável pelas viagens. Segundo a “Folha”, o documento possui duas cláusulas que estabelecem, na teoria, preços diferentes para os serviços prestados. Na prática, o valor utilizado foi sempre o mais alto, em prejuízo dos clubes e em favor da agência. Pela tabela padrão de agências, todas as passagens custariam R$ 27,1 milhões. Na primeira cláusula afirma que a Pallas aplicará um desconto de 68% sobre essa tarifa cheia. Ou seja, haveria uma redução de R$ 18,4 milhões. Uma segunda cláusula, no entanto, estabelece um desconto de R$ 7,4 milhões. A redução cai para menos da metade do que havia sido prometido inicialmente. De acordo com a publicação, a quantia extra foi quitada pelos clubes com a cessão de placas de publicidade. Do valor de R$ 20,1 milhões, o Clube dos 13 pagou R$ 9,1 milhões, incluindo taxas de embarque. Os R$ 11 milhões restante foram quitados com os anúncios da Varig durante a competição.
Clubes pagam passagem com ágio
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