Segundo esporte com o maior número de medalhas na história olímpica do país e único a receber dois dos três tipos de torneios mais importantes do calendário mundial em 2009, o judô quer ser o terceiro esporte do Brasil. Para isso, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) conta com o apoio da Globo, com quem está prestes a fechar uma parceria que vai aumentar ainda mais o número de horas da modalidade na emissora. A idéia é que a rede continue abrindo espaço na TV fechada pelo canal Sportv e na aberta aos domingos de manhã, no ?Esporte Espetacular?. Em 2008, com Jogos Olímpicos em Pequim e uma etapa da Copa do Mundo em Belo Horizonte, foram 194 horas de transmissões na rede, sendo 84 horas ao vivo, número que pode ser batido no ano que vem. ?[O judô como terceiro esporte do país] é uma meta. Já somos a segunda modalidade mais vitoriosa em Olimpíadas, e estamos profissionalizando o esporte. A Federação Internacional de Judô [FIJ] está pensando no esporte como negócio. Nós devemos ter quase todas as competições ao vivo no Sportv e mais coisas na Globo?, disse Maurício Santos, diretor de marketing da CBJ, em entrevista exclusiva à Máquina do Esporte. O segredo para a ampliação da exibição é a adequação mundial à televisão. Para facilitar a entrada da modalidade nas grades do mundo todo, a entidade-mor do esporte já determinou o fim do koka (golpe mais leve de uma luta) e diminuição do tempo de combate de cinco para quatro minutos. O processo é semelhante àquele vivido pelo vôlei na década de 1990. Com o fim da vantagem, o esporte ganhou mais espaço nas emissoras, e, especialmente no Brasil, aliou a mudança aos resultados positivos, catalisando mais patrocinadores. Ao que tudo indica, a CBJ vai pelo mesmo caminho. A entidade já tem o apoio dos atuais parceiros (Infraero, Scania, Mizuno e Energias do Brasil) para a realização do Grand Slam e da Copa do Mundo em 2009, e negocia com mais duas outras empresas. Os dois torneios, pertencentes ao primeiro e terceiro escalões do novo calendário, respectivamente, ainda não têm sede definida. Belo Horizonte e Rio de Janeiro, cidades acostumadas a receberem competições internacionais de judô, estão na briga pelos dois eventos, e cada uma deve ganhar um deles. A definição deve acontecer em janeiro, quando membros da FIJ vêm ao Brasil para receber o caderno de encargos, que definirá os custos das operações, e para uma reunião com a CBJ e a Globo. A proximidade da emissora poderia indicar o judô como seu parceiro comercial, como já acontece com a Stock Car e futuramente com a Liga Nacional de Basquete (LNB). A modalidade entende, no entanto, que seu contrato está atrelado apenas a uma exibição maior. ?Essa parceria não nos dá força comercial. Nós precisamos da transmissão, para que nossa entrega seja mais forte. E a Globo nos dá uma plataforma importante?, concluiu Maurício Santos.
Com Globo, judô quer 3º lugar no país
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