Com HSBC, Rioarena “esquece” esporte

Construída para sediar os Jogos Pan-Americanos de 2007, a Rioarena (antiga Arena Multiuso) inicia no dia 29 de março uma nova etapa em sua curta ?estadia? entre as praças esportivas do Rio de Janeiro. A data vai marcar a estréia do HSBC como principal patrocinador do local e abrir uma série de shows com artistas internacionais. O inglês Seal é o primeiro da lista de concertos com a nova denominação da casa: HSBC Arena. Ozzy Osbourne e Rod Stewart farão suas apresentações, respectivamente, nos dias 3 e 5 de abril. De acordo com Arthur Retsold, presidente da GL Events Brasil, empresa que administra a arena desde novembro do ano passado, apenas 25% dos eventos programados para este ano serão esportivos. ?Não são dados exatos, é claro. Esse número ainda pode subir ou diminuir. Mas queremos trabalhar com metade dos eventos dedicados a shows e espetáculos de entretenimento?, afirma o executivo. A empresa negocia para receber uma competição de esportes radicais nesta temporada. No final de setembro, a arena pode ainda ser a sede do Mundial de Futsal no Rio de Janeiro. A reserva, segundo Retsold, já foi realizada. A confirmação da disputa, porém, depende da decisão da Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) e da Fifa sobre o imbróglio que pode tirar da capital fluminense o direito de co-organizar o torneio. No entanto, esses seriam, até o momento, os únicos representantes do esporte a fazer uso da HSBC Arena nesta temporada. Desde o encerramento do Pan, em julho passado, o único evento esportivo disputado no local foi o Mundial de Judô, no mês de setembro. ?Isso é normal. A arena foi projetada para receber grandes competições internacionais. Não cedemos o lugar para disputas do dia-a-dia?, destaca o presidente da GL, que confirmou a parceria com o HSBC até 2016, quando termina a concessão da empresa para administrar a arena. Os valores, porém, são mantidos em sigilo. Antes do Pan, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) apresentava a então Arena Multiuso como o complexo esportivo mais moderno da América Latina. Durante a competição, o local foi palco das disputas de ginástica olímpica e basquete. A obra custou R$ 129 milhões aos cofres da Prefeitura do Rio. Para ter o direito de administrar a instalação, a GL Events paga R$ 269,6 mil mensais ao município.

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