O vôlei é o segundo esporte mais popular do país, segundo o ?Dossiê do Esporte?, realizado pela Ipsos Marplan. Esse status, porém, não significa que a modalidade está totalmente consolidada, como reconhece o próprio presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Ary Graça Filho. Esse cenário, porém, deve mudar, com a assinatura do novo contrato firmado com a TV Globo referente à Superliga. Pelo acordo firmado para esta temporada, a emissora exibirá ao vivo uma decisão por mês, além da grande final. Para que isso fosse possível, a CBV atendeu ao pedido da Globo e alterou o regulamento da competição, que começa no próximo sábado. A entidade definiu que os times da Superliga (são 15 no masculino e 10 femininos) jogarão uma fase classificatória composta por quatro torneios, em turno e returno. Cada um deles terá uma final, que será exibida na TV aberta. Depois, os oito times mais bem colocados ao final de toda a fase de classificação se reúnem no mata-mata que define o grande campeão da Superliga. Após as disputas das quartas-de-final e semifinais, os dois melhores decidirão o título em apenas um jogo. ?A TV determina as coisas e pronto. Eu sou ?pau mandado?. Prefiro ter um jogo na final transmitido ao vivo pela TV [aberta] do que cinco sem ninguém. Temos que saber conciliar isso?, afirma o presidente da CBV. Apesar de confuso e totalmente diferente do modelo praticado no ano passado, quando as equipes jogavam em turno e returno por pontos corridos e os oito melhores disputavam playoffs, o sistema agradou os participantes. ?Esse sistema trará mais emoção e será mais disputada que as anteriores, o que beneficiará os torcedores e o esporte como um todo?, diz o ex-jogador Giovane Gavio, que atualmente é o técnico da equipe Tigre/Unisul/Joinville. Todas essas mudanças ajudarão ainda à CBV a colocar em prática outro projeto: a estruturação de um forte planejamento de marketing. Mesmo sem dar detalhes, o presidente da entidade espera que a parceria com a Globo possibilite um desenvolvimento desse setor. ?Até pelos nossos resultados, deveríamos ter mais respostas do marketing. O problema é que o mercado do marketing esportivo brasileiro está se tornando forte apenas agora. Ainda não encontramos tantos profissionais qualificados disponíveis, por isso essa área é deficiente. Mas agora, com a TV aberta, temos tudo para estourar?, completa Graça Filho.
Com TV, vôlei espera consolidação
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