Cristiane é trunfo corintiano pós-Jogos

Terceiro colocado no Campeonato Paulista Kaiser de futebol feminino, o Corinthians está perto de ter um reforço de peso para a reta final da competição. De olho no sucesso em campo e no possível retorno de patrocinadores e da mídia, o clube do Parque São Jorge está apalavrado com a atacante Cristiane, que disputa os Jogos Olímpicos de Pequim pela seleção brasileira. O acordo verbal foi feito há cerca de um mês, antes da viagem de preparação para a competição na China. Na ocasião, Cristiane, eleita terceira melhor do mundo pela Fifa em 2007, chegou a fazer exames pelo clube, mas sem formalizar nada. A negociação não foi para o papel porque a atacante acredita que pode receber proposta mais interessante depois de um possível sucesso em Pequim. A estrela da seleção seria muito mais do que um reforço para o futebol feminino do Corinthians. Recém-lançado, o time está animando os dirigentes com seus resultados nos primeiros meses, e a chegada de uma atleta de ponta pode ser o impulso que faltava para a estabilização da equipe. ?Eu acredito que após as Olimpíadas tudo vai começar a andar. Eu estou notando um certo interesse das empresas. Nós também estamos atrás de patrocínio?, disse Mauro Giannetti, supervisor de futebol feminino do clube. Esse projeto depende, no entanto, de um calendário de competições bem definido. A princípio, Cristiane jogaria apenas o Campeonato Paulista, mas poderia permanecer no Corinthians em 2009 caso haja alguma disputa no primeiro semestre. A possibilidade de um Campeonato Brasileiro no espaço já foi descartada pela CBF. Em entrevista à Máquina do Esporte, Virgílio Elísio, diretor técnico da entidade, adiantou que a prioridade para o futebol feminino é da segunda edição da Copa do Brasil, que deve ser realizada ainda este ano. “Nós queremos fazer dessa competição o embrião de um calendário para a modalidade, mas por enquanto não dá para pensar mais que isso. A primeira edição foi toda bancada pela CBF, e ela não está disposta a arcar para sempre com os custos. Precisamos de uma resposta melhor do mercado. Todo mundo fala que quer ajudar, mas quando você vai procurar, cadê os anunciantes?”, disse o dirigente.

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