Enquanto a China se preocupa com as manifestações sobre a sua influência sobre o Tibet, outra região também é centro de uma discussão que envolve os chineses. Os Conflitos de Darfur, no Sudão, já vitimaram mais de 400 mil pessoas, e os organizadores dos próximos Jogos Olímpicos são acusados de apoiar com armas os grupos árabes envolvidos na disputa. A atriz Mia Farrow, de 62 anos, resolveu ?adotar? a causa de Darfur e passou a criticar sistematicamente a China e a realização das Olimpíadas no país. Para chamar atenção à causa, a norte-americana criou uma tocha, assim como nos Jogos Olímpicos, mas que percorrerá apenas países com um passado de genocídios. ?A China está organizando os Jogos Olímpicos e o slogan deles é ?One world, One dream? (Um mundo, um sonho, em uma tradução literal), mas existe um pesadelo, que a China não poderá varrer para debaixo do tapete, que se chama Darfur?, afirmou Farrow. As pressões realizadas pela atriz podem atingir as cerimônias de abertura e encerramento das Olimpíadas. Os chineses contrataram o diretor Steven Spielberg para ser consultor artístico dos Jogos, mas a sua participação pode não acontecer por conta de Mia Farrow. ?Será que Spielberg, que em 1994 criou a Fundação Shoah para registrar o testemunho dos sobreviventes do Holocausto, está consciente de que a China está financiando o genocídio em Darfur?, questionou a atriz em julho.
Darfur também “pressiona” China
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