A primeira fase da visita dos inspetores da Fifa ao Brasil, encerrada no final de semana, deixou uma certeza: ao contrário do que previa a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), as cidades candidatas querem financiar seus projetos com dinheiro público. O presidente da entidade, Ricardo Teixeira, prometia apenas recursos privados para as arenas. Ledo engano. Segundo levantamento feito pelo jornal “Folha de S.Paulo”, das 18 pré-selecionadas, pelo menos 11 prevêem dinheiro dos Estados ou cogitam a possibilidade de usá-lo. No entanto, há uma explicação para o alto número de postulantes à verba pública. Boa parte das praças pertence aos governos estaduais e municipais e, portanto, necessitaria desse dinheiro para as reformas. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Goiás, Pernambuco, Acre, Santa Catarina e Rio Grande do Norte pensam em trabalhar em parceria com empresas. São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre e Brasília falam apenas em investimentos do setor privado. Nenhuma das possíveis sedes, porém, tem algum acordo firmado para viabilizar esse tipo de aporte. Ainda segundo o diário, a Fifa deverá enviar US$ 1 bilhão caso o país seja confirmado como sede da Copa do Mundo de 2014, o que deverá acontecer em outubro. O valor, contudo, será repassado diretamente ao comitê organizador do torneio.
Dinheiro público dita projetos
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