Dono do Fulham defende teto salarial

A movimentação mundial em torno da proposta feita ao meia Kaká pelo Manchester City começa a gerar protestos de outros proprietários de clubes ingleses. Assustado com a inflação do mercado que a contratação do meia do Milan poderia gerar na Premier League, Mohamed Al-Fayed, dono do Fulham, pediu um controle maior no setor. ?Isso é uma má notícia para o futebol porque é loucura. Tudo isso está nas mãos da Premier League e da Federação Inglesa [FA]. Eles têm o poder de não aceitar as coisas como elas estão?, disse o egípcio, em entrevista à ?BBC?. A idéia do magnata é que um teto para salários e transferência no futebol inglês seja estipulado rapidamente. A proposta do Manchester City para o Milan foi de cerca de 100 milhões de libras (R$ 338 mi), com ordenados entre 250 e 500 mil libras (R$ 845 mil e R$ 1,6 mi) por semana. A criação de um teto salarial não é novidade no esporte. Nos Estados Unidos, a prática é comum nas principais ligas do país. A NBA, do basquete, é uma liga que tem limite de gastos com salários para as franquias. Da mesma forma, a MLS, que organiza o futebol no país, estipula um controle para o pagamento dos ordenados dos jogadores. No ano passado, a contratação de David Beckham pelo Los Angeles Galaxy só foi permitida após alteração na regra do torneio para o limite salarial. A manobra passou a ser chamada nos EUA de “Lei Beckham”. Dono do Fulham desde 1997, Mohamed Al-Fayed é um dos magnatas proprietários de clubes ingleses mais discretos. Apesar de ser considerado um dos homens mais ricos do mundo, Fayed mantém uma ligação afetiva com o clube. Sua transferência mais cara no período à frente do Fulham custou 11 milhões de libras (R$ 37,2 mi), na aquisição de Steve Marlet, ex-Lyon (França), em 2001.

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