Dez anos após a vitória de Gustavo Kuerten em Roland Garros, o tênis brasileiro vive uma entressafra de talentos. Com um investimento de R$ 1 milhão nos últimos dois anos, a EGA Tennis Academy pretende preencher essa lacuna de ídolos da modalidade. Comandado pelo empresário Eduardo Guimarães de Assumpção, o projeto intitulado de “Instituto Talentus” tem como objetivo descobrir e dar suporte para a formação de uma nova geração de tenistas. No momento 28 atletas compõem o quadro de revelações da academia, localizada em São Paulo. Embora a base da iniciativa seja paulista, atletas de todo o país têm buscado o apoio da EGA, assim como alguns tenistas vindos do exterior. “Tenho a certeza de que a próxima geração do tênis nacional, dentro de seis anos, vai sair desse grupo. Alguns têm uma chance muito grande de um desenvolvimento semelhante ao do Guga”, afirma Assumpção. A convicção está baseada nos resultados apresentados desde o início do projeto. Os dois melhores jogadores do mundo da categoria juvenil fazem parte do “casting” da EGA Tennis: Nicolas Santos e Fernando Romboli, além de outras promessas como Daniel Dutra, André Pinheiro, Pedro Feitosa, João Costa, Ivan Castro, João Bosco. A evolução e o bom desempenho dos atletas no circuito da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) despertou o interesse da Vlkl, do ex-jogador alemão Boris Becker. A empresa, sediada na Suíça, apóia cinco jogadores da EGA Tennis, fornecendo material de jogo. A Adidas trabalha com outros três tenistas, assim como a Wilson. “Cada jogador de ponta custa, por ano, de R$ 60 a 70 mil. Até os 12 anos, o custo é de R$ 15 mil anuais. Para os tenistas de até 18 anos, o valor é de R$ 24 mil por ano”, diz Assumpção, destacando que parte dos gastos é custeada pela Localfrio, empresa de logística de comércio exterior. Aos poucos, parte do investimento tem sido recuperado pelos próprios jogadores. Em um acordo firmado com a academia, ficou decidido que 30% do valor ganho com premiações será devolvido à EGA. No entanto, como a quantia ainda é muito baixa, o dinheiro está sendo revertido para a formação de três tenistas com idade entre 10 e 12 anos. “A idéia é fazer com que o Instituto tenha vida própria ainda a partir deste ano. Enquanto isso, os atletas vão subsidiar a formação de tenistas que atuam nas categorias inferiores”, conclui o empresário.
EGA investe R$ 1 mi na base do tênis
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