Espionagem abala império da McLaren

Uma trama marcada por traição e sabotagem abala o império da McLaren. Acusada de receber informações secretas do engenheiro Nigel Stepney, da Ferrari, depois do Grande Prêmio da Austrália, realizado em março, a escuderia inglesa pode ter prejuízos incalculáveis até o final da temporada, na qual investiu cerca de R$ 500 milhões. Na esfera esportiva, a equipe pode ser punida com a perda de todos os pontos conquistados até o momento, tirando de Fernando Alonso e de Lewis Hamilton qualquer possibilidade de título neste ano. A possível sanção também afastaria o time de Ron Dennis da disputa no Mundial de construtores. O caso “Ferrarigate” poderia ainda acarretar na saída prematura do piloto espanhol. Além da insatisfação com as decisões técnicas da McLaren que, supostamente, favoreceriam o estreante Hamilton, Alonso não teria a intenção de continuar na equipe sem nenhuma perspectiva de conquistar o tricampeonato. Segundo a edição desta sexta-feira do diário “As”, há uma cláusula no contrato do piloto que lhe permite rescindir o acordo, sem multas, em razão de possíveis danos à sua imagem. Ícone comercial da categoria, Alonso levaria consigo alguns dos patrocinadores espanhóis que decidiram investir na F1 depois da sua contratação, como Mutua Madrileña, Banco Santander e Vodafone. A soma proveniente de patrocínio representa um terço do orçamento da escuderia para 2007. Johnnie Walker, Hugo Boss, Mobill, Tag Heuer, Nescafé ou FedEx completam a lista de parceiras da McLaren. A revista “Autosport” desta semana divulgou dados que confirmam a história de espionagem. De acordo com a publicação, Stepney trocou emails com Mike Coughlan, ex-chefe de desenho da McLaren, no início da temporada”. Além disso, recai sobre Stepney a suspeita de depositar cerca de meio quilo de um pó corrosivo dentro dos carros de Kimi Raikkonen e Felipe Massa antes do GP de Mônaco. O desfecho do caso está marcado para o dia 26 de julho. A data foi estipulada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para que, perante seu Conselho Mundial, os representantes da McLaren expliquem as denúncias.

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