Há duas semanas, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, realizou visitas por diversos estados nordestinos. Além de debater sobre a possibilidade de o estado receber jogos das eliminatórias de 2010, o dirigente também foi checar as condições para a escolha de sedes da possível Copa do Mundo de 2014. Para ser incluída neste projeto, a Bahia precisará de um novo e moderno estádio. Se os dois principais clubes baianos (Bahia e Vitória) e o governo concordam com esse ponto, o restante da discussão é controverso. Enquanto a Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb) sonha em valorizar a Fonte Nova, os times nem cogitam essa possibilidade. ?Essa coisa de implodir a Fonte Nova não existe. Nós não cogitamos essa idéia. A Fonte Nova está encravada no coração de Salvador, não tem estacionamento, e seria muito difícil construir um novo estádio lá?, afirma Jorge Sampaio, presidente do Vitória S/A. Segundo Marco Costa, diretor de marketing do Bahia, todos os estudos sobre a viabilidade do projeto já foram feitos pela Lusoarenas, empresa portuguesa que pertence ao Grupo Espírito Santo, e o local já está definido. ?A Fonte Nova é um estádio do governo e paralelo a isso existe o interesse de um grupo português para construir uma arena para o Bahia e Vitória. Todos os estudos de viabilidade foram feitos para que esse estádio seja erguido na avenida Paralela?, diz Costa. Mesmo com as negativas por parte dos clubes, o governo estadual segue de olho no aporte financeiro (cerca de R$ 300 milhões) que a empresa portuguesa deve destinar para a construção da nova arena e faz campanha para que essa verba seja aplicada em seu estádio. ?Nós não recebemos nada oficialmente, mas depois de discutir as possibilidades, temos que buscar PPDs para construirmos um novo estádio em Salvador. Eu não vejo um lugar melhor para um estádio ser usado na Copa do Mundo de 2014 do que na Fonte Nova?, explica Bobô, diretor-geral da Sudesb. Apesar de defender a construção de uma nova arena no lugar da Fonte Nova, o ex-jogador é contraditório e não explica como seria possível realizar a obra sem antes demolir as atuais instalações. ?Não pensamos nessa questão agora [demolição da Fonte Nova]. No momento nós vamos reformar o estádio para receber um jogo da seleção brasileira pelas Eliminatórias da Copa de 2010. Vamos tentar melhorar dentro das exigências da Fifa, mas a questão para 2014 é outra?, conclui o diretor-geral da Sudesb.
Estádio baiano gera divergências
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