A primeira edição do Athina Onassis International Horse Show levou surpreendentes 13 mil pessoas à Sociedade Hípica Paulista, em agosto do ano passado. Desde então, o público iniciou a transição de mero espectador para praticante da modalidade. A análise pode parecer precoce, mas a Federação Paulista de Hipismo (FPH) já enxerga sinais de que o evento iniciou um movimento para popularizar a prática do esporte, principalmente, entre os jovens. De 2007 para 2008, houve um aumento de 25% nas categorias de base do hipismo paulista. No primeiro evento deste ano, realizado no Clube Hípico de Santo Amaro, o número de participantes cresceu 15%. ?A gente tem sentido um aumento importante nas categorias de base. Houve um acréscimo no número de praticantes com idade para o ensino fundamental e isso irá ajudar na formação de novos cavaleiros?, revela Francisco José Mari, presidente da entidade. ?Esse evento é um marco para o hipismo brasileiro. Nunca houve nada que possa ser comparado a isso no país. Nem dá pra mensurar a import”ncia desse acontecimento para o crescimento do esporte no Brasil. Pode até não massificar o esporte, mas vai ajudar a colocar as pessoas em contato com o mundo dos cavalos, fazer com que o esporte progrida?, completa o dirigente. A tese é compartilhada por outros nomes importantes do hipismo em São Paulo. O fato de ter a marca ?Athina Onassis? ligada ao evento, além da participação dos grandes ídolos do circuito internacional, ajudam a fomentar o interesse de quem vive ?alheio? à modalidade. ?Foi o maior evento que o clube, que é quase centenário, recebeu. Ele mudou o patamar da organização do hipismo no Brasil. Um concurso desse porte, com atletas desse nível, faz crescer o interesse de crianças de jovens pelo esporte?, afirma Eduardo Caldeira, representante da Sociedade Hípica Paulista. Há, porém, quem acredite que a fama de elitizado não permitirá essa tímida tentativa de massificação. ?O hipismo segue o modelo da Fórmula 1. Não temos a pretensão de tornar o esporte popular, mas podemos aumentar a audiência dele na televisão. A F-1 não populariza a prática do automobilismo. Em contrapartida, atrai espectadores e torcida?, diz André Beck, da Sportcom, responsável pela coordenação geral do campeonato. (PB)
Evento impulsiona modalidade em SP
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