A crise financeira que atinge o mundo não assusta a Fila. Na contramão da maioria do mercado esportivo, a marca aposta na experiência adquirida em momentos semelhantes do passado para apostar em um crescimento do setor têxtil. ?É nesse momento que a gente mostra a força das marcas, é a hora de tirar o lado bom da coisa toda. Não vamos achar que é uma marolinha, mas o crescimento da Fila nos últimos tempos garante a gente até, pelo menos, janeiro?, disse Milton Souza, diretor de marca da Fila. A aposta é feita na queda do tíquete médio brasileiro. Sem dinheiro para gastar com grandes compras no Natal, o consumidor partiria para soluções mais acessíveis, como o setor de confecção. A teoria é embasada na experiência da última grande crise mundial, de 2001, quando a Argentina chegou a declarar moratória de sua dívida. ?Da outra vez foi assim também. As pessoas vão deixar de entrar em dívidas grandes e não vão poupar, porque esse não é o perfil do brasileiro. Ele vai gastar, mas em tênis, camisetas e outras coisas do tipo?, avaliou Souza. ?Nossos grandes concorrentes atualmente não são Adidas e Nike, mas as concessionárias, as televisões de LCD e tela plana. Esses produtos consomem a renda das classes mais baixas por um período muito longo, então devemos ser favorecidos?, concluiu.
Experiente, Fila vê caminho inverso
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