França não descarta boicote aos Jogos

Depois de vários países negarem boicote às Olimpíadas de Pequim por causa dos problemas entre China e Tibete, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse, nesta terça-feira, que não descarta a possibilidade de não enviar seu país para as aberturas dos Jogos. Segundo ele, o boicote seria um jeito de pressionar as autoridades chinesas a retomar o diálogo com representantes tibetanos. Sarkozy disse também que ? o diálogo começará a graduar sua resposta em função da resposta que será dada pelas autoridades chinesas”. Em uma mensagem enviada ao presidente da China, Hu Jintao, o francês pediu o fim da violência, além da moderação por parte das autoridades chinesas, evitando mortes. Só nos últimos dias, segundo autoridades tibetanas exiladas, mais de 140 pessoas morreram em conflitos com a China. Enquanto isso, países como a Austrália e a Alemanha reiteram presença nos Jogos e confirmam que um boicote serviria como punição a seus atletas, que se dedicam, muitas vezes, exclusivamente para os Jogos. “A Austrália participou de todos os Jogos Olímpicos da Era Moderna e não será diferente em Pequim. Os Jogos são a força do bem, pois têm impacto positivo na sociedade, nas cidades anfitriãs e seus países. O fato de a competição refletir a atitude do país encorajará também a discussão dos problemas de interesse da comunidade global. Levar o Movimento Olímpico à China será positivo para todos”, afirmou John Coates, o presidente do Comitê Olímpico Australiano. O presidente dos Estados Unidos, Gerge W. Bush, também veio a público negar boicote aos Jogos Olímpicos. Segundo ele, a presença americana está confirmada na competição. Outra entidade que pediu a normalidade nos Jogos e segue a mesma linha de raciocínio australiano é a Anistia Internacional (AI). Nesta terça-feira, o órgão, que faz parte do faz parte do Coletivo China Jogos Olímpicos 2008, que reúne cerca de 10 associações, entre elas a Repórteres Sem fronteiras (RSF) e a Liga dos Direitos Humanos (LDH), pediu a chamada trégua olímpica, mas também exigiu a investigação por parte nas Organizações das Nações Unidas (ONU). A cerimônia de inauguração do caminho da tocha, que aconteceu nessa segunda-feira, foi marcada pelo protesto de três ativistas, que invadiram a plataforma em que autoridades chinesas discursavam para pedir o boicote aos Jogos.

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